O fundador e líder espiritual do grupo radical Hamas, xeque Ahmad Yassin, assim como dois de seus colaboradores e um transeunte, foram mortos na madrugada do último domingo, em Gaza, após um ataque aéreo israelense, anunciou o movimento radical palestino.
Yassin, de 67 anos, se encontrava em sua cadeira de rodas na saída da mesquita do bairro de Sabra. Um helicóptero disparou três foguetes em sua direção, que explodiram nas imediações, de acordo com testemunhas.
O movimento Hamas, que se opõe ao processo de paz entre árabes e israelenses, foi criado com o objetivo de construir um Estado islâmico na Faixa de Gaza. O grupo já realizou vários atentados com carros-bomba na região.
Precauções
Horas depois de um ataque aéreo de Israel ter matadoo líder do grupo radical, o ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, convocou uma reunião de emergência dos responsáveis pela segurança, para avaliar se as forças do país estão prontas para uma escalada da violência. Mofaz já havia dito que Israel se prepara para uma nova onda de atentados terroristas.
Forças policiais entraram em estado de alerta alto e aumentaram sua presença em cidades israelenses. Foi imposto um fechamento total a Faixa de Gaza e Cisjordânias e todas as entradas de Israel foram fechadas. Todas as férias e folgas da polícia foram revogadas e a segurança foi reforçada em torno de escolas, pontos de ônibus e postos de inspeção em estradas.
O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, ordenou e supervisionou toda a operação desde seu rancho no Negev, recebendo relatórios constantes de oficiais militares. O gabinete de segurança de Israel tomou a decisão de assassinar Yassin após os atentados do dia 14 de março contra o porto de Ashdod, em que 10 pessoas morreram.
O ministro do Interior de Israel, Avraham Poraz, disse à Rádio Israel que ele e o ministro da Justiça, Yosef Lapid (ambos do partido Shinui) votaram contra.