Israel detém 21 palestinos na Cisjordânia

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Publicado terça-feira, 8 de agosto de 2006 as 10:56, por: CdB

O Exército israelense deteve, nesta terça-feira, 21 palestinos após entrar em várias casas em diferentes pontos da Cisjordânia, território que está isolado há mais de uma semana. Fontes de segurança palestinas informaram que entre os últimos detidos por forças israelenses há um importante dirigente de uma das organizações palestinas.

A rádio pública israelense informou esta manhã que pelo menos 13 dos detidos pertencem ao grupo islâmico Hamas, enquanto outros cinco são ativistas do movimento Fatah e dois são supostos militantes da Jihad Islâmica. As detenções foram realizadas nos distritos de Belém, Nablus, Ramala e Hebron.

Uma fonte da Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que Mohammed Hanaishe, dirigente local das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do Fatah, foi detido no norte da Cisjordânia.

A esposa de um preso palestino residente em Nablus também foi detida em uma das operações, segundo a fonte.

O Exército israelense faz operações diárias e buscas casa por casa em cidades da Cisjordânia, onde deteve dezenas de palestinos nas últimas semanas, entre eles o presidente do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento), Aziz Dweik. Dweik é membro do Hamas e foi detido na madrugada de sábado.

Fontes palestinas calculam que as detenções realizadas por Israel na Cisjordânia aumentaram o número de presos em Israel a mais de 10mil.

As milícias responsáveis pela captura do soldado Gilad Shalit, em 25 de junho, exigem a Israel a libertação de mulheres, idosos, doentes e menores de idade detidos em centros penitenciários israelenses.

Enquanto isso, o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, em inglês) denunciou, nesta terça-feira, em um relatório que o território ocupado da Cisjordânia está submetido a um isolamento há mais de uma semana.

Além disso, o relatório indica que 39 palestinos morreram em operações do Exército israelense na Faixa de Gaza nas últimas semanas, entre eles nove menores. O OCHA afirma que nesse período 134 pessoas ficaram feridas.