Israel afirma que não responderá por ataques do Hisbolá

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Publicado sexta-feira, 13 de maio de 2005 as 05:36, por: CdB

Mesmo após os últimos bombardeios da milícia Hisbolá contra aldeias da Galiléia Superior, o estado de Israel não será arrastado para uma escalada de enfrentamentos em sua fronteira com o Líbano, assegurou, nesta sexta-feira, o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz.

– Israel considera o governo libanês responsável por esses ataques, mas não nos deixaremos arrastar para uma escalada” de confrontos – assegurou o ministro em declarações à rádio pública.

Nas últimas 48 horas, a milícia pró-iraniana Hisbolá (Partido de Deus) realizou dois ataques contra o norte de Israel. A primeira, na noite de quarta-feira, quando milhares de israelenses festejavam com fogos de artifício o começo do Dia da Independência, o Hisbolá disparou dois foguetes contra o povoado fronteiriço de Shlomi, sem causar vítimas.

Na quinta-feira, foram lançados duas bombas contra posições militares em uma zona em disputa conhecida como as Fazendas de Shaba ou Monte Dov.

As “Fazendas de Shaba” ficam em uma zona que os libaneses reclamam como sua, mas que Israel ocupou da Síria na guerra de 1967 com o restante da meseta do Golã.

O governo israelense, que em 2000 retirou suas forças do sul do Líbano após 22 anos de ocupação, apresentou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU e o secretário-geral Kofi Annán exigiu ontem que Beirute “ponha ordem em seu território” e evite os ataques desde sua jurisdição.

Além disso, exortou que ambos os países respeitem a chamada “Linha Azul”, ou seja, a fronteira que a ONU delimitou em maio de 2000 após a retirada israelense.

Naquela época a ONU sentenciou que as “Fazendas de Shaba” devem ficar do lado israelense e serem devolvidas à Síria com o restante das Colinas de Golã, para que esta resolva sua disputa com o Líbano posteriormente.