O gabinete de ministros de Israel adiou nesta terça-feira uma decisão sobre se a retirada da Faixa de Gaza deve ser mudada em três semanas a fim de evitar que coincida com um período de luto judaico, afirmou a Rádio Israel. Segundo ela, o comitê ministerial chefiado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon quer realizar mais consultas com comandantes de segurança antes de tomar uma decisão definitiva.
Yonatan Bassi, autoridade do governo responsável pela relocação dos 9.000 colonos da área, pediu no último domingo a Sharon o adiamento. Ele deseja começar a remoção de colonos, algo que deve durar cerca de um mês, depois do dia de jejum em meados de agosto que encerra o período em que os judeus lembram a destruição de dois templos em Jerusalém.
– Durante esses dias, os judeus não devem se mudar de casa – disse o rabino Shlomo Aviner, citando uma tradição ortodoxa.
Sharon pode estar considerando que a violação de uma tradição judaica aumentaria a oposição ao plano. Muitos colonos são judeus religiosos contrários à entrega de territórios ocupados que consideram seus por direito bíblico. Pesquisas mostram que cerca de 70% dos israelenses apóiam o plano de Sharon.