Iraque anuncia libertação de 2.500 prisioneiros

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Publicado terça-feira, 6 de junho de 2006 as 08:02, por: CdB

O premiê iraquiano Nuri al-Maliki disse, nesta terça-feira, que irá libertar 2.500 prisioneiros contra os quais não existam provas claras ou que tenham sido detidos por engano. A medida visa a ajudar a “reconciliação nacional”.

– Esperamos que eles aceitem e não se oponham ao processo político. Essa é uma medida forte que encorajará outras – disse o premier, referindo-se à minoria sunita, que forma o esqueleto da revolta contra o governo iraquiano, apoiado pelos Estados Unidos.

Ele disse que os prisioneiros serão libertados de centros de detenção dirigidos pelos norte-americanos e sob custódia iraquiana.

Maliki disse que uma comissão estava sendo formada para rever o status de todos os prisioneiros no Iraque, mas que, ao mesmo tempo, ele usará a força contra aqueles que continuarem os atos violentos.

– Os que serão soltos são pessoas que não são legalistas favoráveis a Saddam Hussein nem terroristas, ou qualquer pessoa que tenha sangue iraquiano em suas mãos – ele afirmou em uma coletiva de imprensa.

 – Aqueles que cometeram matanças ou explosões de bombas não serão soltos – disse.

Maliki disse que, ao contrário do que havia sido programado, não foram apresentados ao Parlamento, no domingo, os nomeados para os cargos de ministros do Interior e da Defesa, porque não havia um número suficiente de membros presentes na assembléia para votar.

Os dois postos cruciais de segurança estão vagos desde que seu governo tomou posse, dia 20 de maio. Maliki não estabeleceu uma data para a nomeação dos ministros da Defesa e do Interior.