IRA nega envolvimento em atividades delitivas

O Exército Republicano Irlandês (IRA) rejeitou em sua mensagem do ano-novo estar envolvido em atividades delitivas, depois que as forças de segurança lhe vincularam ao roubo de um banco do Ulster do dezembro passado.

Em sua mensagem, publicada hoje, quinta-feiral, no jornal republicano An Phoblacht, o IRA assinalou que qualquer tentativa de querer criminalizar a organização fracassará.

Alguns setores unionistas pró-britânicos pressionam o chefe do Serviço de Polícia da Irlanda do Norte, Hugh Orde, para que afirme publicamente que o IRA foi responsável pelo roubo de 22 milhões de libras (por volta de 33 milhões de euros) do Northern Bank.

Em sua nota, o IRA também classificou como ato de “humilhação” as exigências para que seu desarmamento seja fotografado a fim de que seu braço político, o Sinn Fein, possa compartilhar o Executivo autônomo com o Partido Unionista Democrático (DUP).

– Queremos ver a paz na ilha da Irlanda e entre todo o povo irlandês. Mas uma paz justa e duradoura só é possível sobre a base da igualdade. Os dias da desigualdade e a discriminação estão terminados. –  ressaltou o IRA.

A autonomia da Irlanda do Norte está suspensa desde outubro de 2002 por um suposto caso de espionagem do IRA em Stormont, sede da Assembléia da província.

As últimos tentativas para recuperar a autonomia não prosperaram pela exigência do DUP para que fossem tiradas fotografias que demonstrem o desarmamento completo do IRA, o que foi rejeitado pelo Sinn Fein.