Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad disse, nesta quarta-feira, que se sente intimidado por algumas potências mundiais por causa do programa nuclear. Ele não disse que países são esses, mas aparentemente se referia aos Estados Unidos e aos países europeus que se mostram cada vez mais frustrados com o fato de o Irã não suspender o seu programa de enriquecimento de urânio, como exigiu o Conselho de Segurança da ONU.
Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha decidiram, na sexta-feira, discutir possíveis sanções ao Irã no Conselho de Segurança.
– Essa última decisão deles foi para reunir toda a sua força política e fazer cara feia para nós, para olhar torto, para gritar com ameaças vazias para nos forçar a recuar. Esses três ou quatro países estão nos intimidando e não têm o direito de interferir nestas questões, e o Conselho de Segurança não tem o direito de interferir – disse Ahmadinejad em um comício numa cidade a oeste da capital, com transmissão pela TV.
Rússia e China, que também são membros permanentes do Conselho de Segurança, relutam em aceitar as sanções. Ahmadinejad disse que o Irã não vai abrir mão de seu direito de produzir combustível nuclear, o que segundo Teerã serve apenas para fins pacíficos. O Ocidente acusa a República Islâmica de desenvolver armas nucleares.
– Sua posição a respeito do Irã está ficando cada vez mais fraca, e a posição da nação iraniana está ficando mais poderosa – disse o presidente.
Na véspera, o líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, insistiu que o país vai manter seu programa nuclear, sugerindo que o Irã não deveria repetir a concessão, feita no passado, de suspender o enriquecimento para negociar com outros países.