Irã diz não se opor a um aumento da produção de petróleo

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Publicado segunda-feira, 10 de maio de 2004 as 09:29, por: CdB

 administrador iraniano na Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) disse que os preços do petróleo devem continuar altos nos próximos três ou quatro meses, mas que o Irã não se oporia a um aumento na produção quando o grupo se reunir no próximo mês.

– Se a Opep decidir elevar a produção, o Irã não vai se opor. Parece que não veremos uma queda no preço do petróleo nos próximos três ou quatro meses. Parece que não veremos uma queda no preço do petróleo nos próximos três ou quatro meses – afirmou Hossein Kazempour Ardebili ao jornal reformista Sharq.

Apesar de dizer que o país não se oporia à elevação, Kazempour afirmou que a medida serviria a desígnios escusos dos Estados Unidos, que vêm reclamando que os altos preços do petróleo estão atrapalhando a economia mundial.

– Se a Opep decidir aumentar sua produção em um milhão de barris por dia, tal decisão deve ser vista como política, para escapar da pressão da propaganda norte-americana – disse.

Na Nymex (New York Mercantile Exchange) o petróleo bruto fechou a 39,93 dólares na sexta-feira.

O ministro do petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, disse que a alta nos preços do petróleo não tinha nada a ver com a Opep, mas sim com a tensão política no Oriente Médio e com os problemas de refino dos Estados Unidos.

– O aumento no preço do petróleo não está relacionado à Opep. A instabilidade no Oriente Médio… e problemas técnicos nas refinarias norte-americanas estão entre os fatores que elevaram os preços – disse segundo a rádio estatal.

Zanganeh repetiu que havia uma superabundância diária de entre 3 e 3,5 milhões de barris no mercado de reservas. No sábado passado, ele disse que o alto nível de reservas poderia deflacionar os preços de uma hora para outra.

O Irã, com uma população de 66 milhões, é um tradicional falcão da Opep. O grupo de países exportadores de petróleo deve se encontrar em Beirute em 3 de junho.

Zanganeh também voltou a afirmar que preferia que os preços de petróleo ficassem a US$ 28 o barril, dizendo que não via necessidade de mudar a banda de preços da Opep.