Irã acusa EUA de tentar usar agitação para desestabilizar o país

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Publicado segunda-feira, 26 de setembro de 2022 as 12:23, por: CdB

O Irã tem reprimido manifestações em todo o país provocadas pela morte da curda Mahsa Amini, de 22 anos, depois que ela foi detida pela polícia moral que aplica as rígidas restrições da República Islâmica ao vestuário feminino.

Por Redação, com Reuters – de Teerã

O Irã acusou os Estados Unidos nesta segunda-feira de usar a agitação desencadeada pela morte de uma mulher sob custódia policial para tentar desestabilizar o país e alertou para as consequências, enquanto os maiores protestos desde 2019 não mostram sinais de diminuir.

O Irã disse que os Estados Unidos estão apoiando manifestantes e buscando desestabilizar a República Islâmica

O Irã tem reprimido manifestações em todo o país provocadas pela morte da curda Mahsa Amini, de 22 anos, depois que ela foi detida pela polícia moral que aplica as rígidas restrições da República Islâmica ao vestuário feminino.

O caso atraiu revolta internacional. O Irã disse que os Estados Unidos estão apoiando manifestantes e buscando desestabilizar a República Islâmica.

– Washington está sempre tentando enfraquecer a estabilidade e a segurança do Irã, embora não tenha tido sucesso – disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, ao Nour News, que é afiliado a um órgão de segurança, em um comunicado.

Em sua página no Instagram, Kanaani acusou os líderes dos Estados Unidos e de alguns países europeus de abusar de um trágico incidente em apoio a “manifestantes” e ignorar “a presença de milhões de pessoas nas ruas e praças do país em apoio ao sistema”.

Na semana passada, os Estados Unidos impuseram sanções à polícia moral do Irã por alegações de violação contra mulheres iranianas, dizendo que responsabiliza a unidade pela morte de Amini.

Os protestos

Os protestos são os maiores a varrerem o país desde as manifestações sobre os preços dos combustíveis em 2019, quando a Reuters informou que 1,5 mil pessoas foram mortas em uma repressão aos manifestantes, sendo o mais sangrento protesto interno da história da República Islâmica.

Pelo menos 41 pessoas morreram na mais recente agitação que começou em 17 de setembro, segundo a TV estatal.

O presidente Ebrahim Raisi disse que o Irã garante a liberdade de expressão e que ordenou uma investigação sobre a morte de Amini.

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