Internação de Temer desanda ritmo da base aliada no Plenário

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Publicado quarta-feira, 25 de outubro de 2017 as 16:02, por: CdB

Incômodo urológico levou Temer ao hospital. Aliados ficaram atônitos, sem saber o que fazer, em Plenário.

 

Por Redação – de Brasília

 

O presidente de facto, Michel Temer, foi para um hospital de Brasília nesta quarta-feira. Ele foi internado para fazer exames, depois de sofrer um problema urológico. A assessoria de imprensa da Presidência da República acrescentou que o presidente, em princípio, está bem.

Câmara
A sessão que votaria a denúncia contra Temer foi obstruída e não teve quórum

Apesar da internação no Hospital do Exército, o peemedebista orientou sua base parlamentar a seguir com a votação na Câmara. Os deputados estão em processo de votação de uma denúncia criminal de que é alvo. O líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), tentava acalmar os ânimos no Plenário.

Temer foi submetido a exames. De acordo com uma fonte da agência inglesa de notícias Reuters, Temer já havia sentido esse tipo de desconforto, que se acentuou nesta quarta-feira. A assessoria de imprensa do Planalto disse a jornalistas, no Hospital, que Temer chegou ao local por volta das 12h50 e deveria deixar a unidade assim que terminarem os exames.

Organização criminosa

Temer estava no Planalto quando sentiu o desconforto. Ele acompanhava as discussões dos parlamentares na sessão na Câmara dos Deputados. Estava começando o processo de votação da nova denúncia contra ele e os ajudantes Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Por falta de quórum a sessão foi suspensa no início da tarde. Os governistas não conseguiram alcançar o registro mínimo de presença de 342 deputados para iniciar a fase de votação da denúncia. Temer é acusado pela Procuradoria-Geral da República dos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.

Nas redes sociais, porém a rejeição ao peemedebista não cedeu após o incômodo urológico. O jornalista Hélio Fernandes, fundador do diário Tribuna da Imprensa, não arrefeceu nas cores da crítica ao acusado por formação de quadrilha e obstrução de Justiça.

Leia, adiante, o texto de Hélio Fernandes:

DEBANDADA, ausência que deveria ser CONSAGRADA hoje, na Câmara, mas será VERGONHOSAMENTE substituída pela presença DESMORALIZADA

A transformação em realidade, da primeira palavra, poderia se constituir no início de uma recuperação e a constatação da esperança perdida. O país está dizimado, o povo abandonado, o futuro contaminado pela ambição desastrada e pela corrupção desenfreada. Ha uma votação marcada e pronta para começar, a um custo destruidor. E com o resultado antecipada e criminosamente conhecido.

Números sordidamente cooptados, serão confrontados com outros ingenuamente movimentados. Uma batalha sem combatentes, tudo já foi acertado, combinado, coordenado, nos 3 palácios que o presidente usa para enriquecer e corromper e não para governar.

Portaria

Ele insiste para acumular a maior votação possível, embora saiba que com apenas 171 dos 513 deputados, estará traiçoeiramente garantido no poder que usurpou, utilizando falta de escrúpulos e de caráter, tudo consolidado pela corrupção presente e garantida para o futuro.

Conforme revelei ontem, Temer tem como ponto de honra (?), ultrapassar a votação contra a primeira denuncia: 266 votos. Não só demonstrar que não perdeu apoios, mas chegar a 342. Que é o total que a oposição precisa ou precisaria, para derrubar o presidente usurpador e corrupto.

Temer está satisfeito com o apoio público recebido da CNI. Ruralistas e industriais são os que mais exploram os trabalhadores, de todas as formas. Apesar disso, desde que a portaria foi publicada, afirmei e reafirmei: essa portaria não entrará em vigor de jeito algum.

Hélio Fernandes é jornalista.

PS– Acreditava que a salvação viesse da PGR, que logo pediu ao presidente que anulasse a portaria. Agora subliminarmente condecorada pelo presidente, a Procuradora Geral está com problemas.

PS2– Mas o socorro a favor da dignidade, da respeitabilidade e da credibilidade, surgiu por intermédio da ministra Rosa Weber. Ontem, concedeu liminar anulando a portaria, que pretende que o país retroceda a 1888. È nesse tempo que vive o presidente usurpador escravagista.

PS3– O país espera que com essa decisão de Rosa Weber, haja uma reviravolta na Câmara. E em vez de ausência DEBANDADA, ocorra uma presença EM MASSA, a favor da autorização.