A confiança do consumidor permanece baixa e a recuperação deve acontecer lentamente, já que as famílias estão endividadas
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Intenção de Consumo das Famílias ficou estável na passagem de junho para julho deste ano com 68,7 pontos, segundo informou, nesta quarta-feira, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No entanto, na comparação com julho de 2015, houve queda de 21%. Segundo a CNC, a confiança do consumidor permanece baixa e a recuperação deve acontecer lentamente, já que as famílias ainda estão muito endividadas.
Na comparação com junho deste ano, quatro dos sete componentes alcançaram resultado positivo. Os consumidores estão mais satisfeitos com o seu emprego atual (1,2%), com a perspectiva profissional (0,6%), com o nível de consumo atual (1,2%) e com a renda atual (0,1%).
No entanto, há menos motivação para a compra a prazo (-0,8%), para a perspectiva de consumo (-1,4%) e para a compra de bens duráveis (-2,2%).
Na comparação com julho de 2015, os sete componentes registraram piora: emprego atual (-10%), perspectiva profissional (-9,8%), nível de consumo atual (-34,5%), renda atual (-18,9%), compra a prazo (-25,5%), perspectiva de consumo (-29,7%) e momento para a compra de bens duráveis (-31,3%).
Cai número de famílias endividadas em SP
O número de famílias endividadas caiu 1,1 ponto percentual em junho na comparação com maio, o que significa que 49% das famílias da capital paulista têm algum tipo de dívida no mês. Na comparação com junho do ano anterior, a queda foi de 5 pontos percentuais, passando de 1,925 milhão em maio para 1,880 milhão em junho.
Em relação com o mesmo mês do ano passado, quando o número era de 1,936 milhão, houve queda de 56 mil famílias, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Segundo a pesquisa, o endividamento continua maior entre as famílias com renda inferior a 10 salários mínimos (51,6%), mas houve queda de 2,2 pontos percentuais na comparação com maio. Já entre as famílias que recebem mais de dez salários, a parcela de endividados foi de 41,2%, alta de 1,5 ponto percentual ante maio.
A pesquisa revelou ainda que 40,3% das famílias têm sua renda comprometida com dívidas por mais de um ano (ante 36,7% em junho do ano passado); 20,1% têm débitos com prazos de até três meses (20,5% em junho de 2015); 20,4% entre três a seis meses (19,8% em junho de 2015); e 17,2% entre seis meses e um ano (19,4% em junho de 2015).