A inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou em outubro, como era esperado, devido ao reajuste de combustíveis, à menor velocidade das quedas de alimentos e a algumas pressões de industrializados. O IGP-DI subiu 0,53% em outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira, acima da alta de 0,48% em setembro mas em linha com a previsão média de economistas de 0,54%.
Entre os componentes, o Índice de Preços no Atacado (IPA) avançou 0,61% em outubro, ante a alta de 0,65% no mês anterior. O IPA agrícola caiu 2,73% em outrubro, contra queda de 0,64% no mês anterior. Os alimentos no atacado declinaram 2,47%, ante 2,71% em setembro, com destaque para as quedas de soja – de 8,9% -, ovos – de 10,6 %, bovinos – de 3 % – e leite in natura – de 2,7%.
O IPA industrial subiu 1,83%, ante elevação de 1,13% em setembro, pressionado sobretudo por Chapas grossas e Chapas finas de aço comum. O Índice de Preços ao Consumidor teve elevação de 0,10%, contra 0,01% em setembro. A aceleração deveu-se à menor queda de alimentos – de 0,78% ante 1,05% em setembro – e à alta de Transportes, de 0,88% contra recuo de 0,10% em setembro.
A gasolina no varejo passou de queda de 1,12% no mês anterior para avanço de 1,9% em outubro. O álcool combustível aumentou 4,97%, ante alta de 0,97% em setembro. O Índice Nacional da Custo da Construção (INCC) subiu 1,19%, ante 0,58% no mês anterior. No ano, o IGP-DI acumula alta de 10,65% e nos últimos 12 meses, de 11,85%.