Inflação permanece acima de dois dígitos, apesar dos juros mais altos

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Publicado quarta-feira, 24 de agosto de 2022 as 15:20, por: CdB

De acordo com o IBGE, Salvador registrou a maior inflação medida pelo IPCA-15 até agosto: 10,88%. A alta estava em 12,74% até julho. Na metrópole baiana, vestuário (29,36%) e alimentação e bebidas (15,05%) foram os grupos de produtos e serviços com as maiores variações em 12 meses até agosto, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta-feira.

Por Redação – do Rio de Janeiro

Apesar da alta recorde nas taxas dos juros oficiais, a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ainda está em dois dígitos, acima de 10%, em 4 das 11 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo o país, a alta verificada em 12 meses desacelerou para 9,60% até agosto, informou nesta quarta-feira o instituto. O índice acumulado estava acima de 10% havia 11 divulgações, desde setembro de 2021.

A inflação
A inflação deve terminar este ano acima da meta e na casa dos dois dígitos, segundo o Banco Central

De acordo com o IBGE, Salvador registrou a maior inflação medida pelo IPCA-15 até agosto: 10,88%. A alta estava em 12,74% até julho. Na metrópole baiana, vestuário (29,36%) e alimentação e bebidas (15,05%) foram os grupos de produtos e serviços com as maiores variações em 12 meses até agosto.

São Paulo teve a segunda maior alta no período. O IPCA-15 subiu 10,39% até agosto na região metropolitana da capital paulista.

Deflação

A queda de preços observada na prévia de agosto foi puxada principalmente pelos transportes, que registraram deflação de que 5,24%. O comportamento deste grupo de despesas foi influenciado pelo recuo dos preços dos combustíveis (-15,33%).

Entre os combustíveis, foram observadas quedas de 16,80% na gasolina, de 10,78% no etanol, de 5,40% no gás veicular e de 0,56% no óleo diesel. Outros grupos de despesa com deflação foram habitação (-0,37%), com destaque para o recuo nos preços da energia elétrica residencial (-3,29%); e comunicação (-0,30%).

A população mais pobre, no entanto, ainda não está sentindo a diferença da deflação no bolso. O grupo Alimentação e Bebidas subiu 1,12% em agosto, com influência, principalmente, do leite longa vida. Com aumento de 14,21%, esse item, sozinho, teve impacto de 0,14 ponto percentual no resultado geral. No acumulado do ano, o leite acumula alta de 79,79%.

Gasolina

Além  do leite, subiram de preço itens como frutas (2,99%), queijo (4,18%) e frango em pedaços (3,08%). No geral, a alimentação no domicílio teve aumento de 1,24% em agosto.

Embora o preço do litro de leite esteja em queda, o consumidor ainda paga mais caro pelo litro do alimento do que pelo da gasolina. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP ) apontam que a gasolina está sendo vendida, na média, por R$ 5,40 no país e já pode ser encontrada a menos de R$ 5 em pelo menos 13 Estados.

Segundo especialistas, a alta se deve por conta do complexo processo de produção como entressafra, preço dos alimentos e da ração, custo dos fertilizantes e preço do diesel, que não teve queda.

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