A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) fechou 2002 com alta acumulada de 24,68%. Apesar de elevada, a taxa, na avaliação dos técnicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre), já demonstra sinais de desaceleração, em razão da queda de preços em itens importantes como alimentação e habitação.
Em dezembro, a variação do IGP-10 (o primeiro índice fechado do ano) foi de 4,87%, segunda maior alta do Plano Real, só ficando atrás dos 12,57% da taxa de agosto de 1994, quando a inflação estava ainda contaminada pelo processo de conversão a Unidade Fiscal de Referência (URV) para o Real.
Em novembro, o IGP-10 fechou com alta de 4,73%. O processo de desaceleração da taxa pode ser sentido pela retração dos preços no atacado.
Depois de ter fechado o mês de novembro com elevação de 6,40%, em dezembro o Índice de Preços no Atacado (IPA) recuou para 5,91%, refletindo redução nos preços dos bens de consumo e nos bens de produção.
Já os preços ao consumidor, cuja alta do dólar demora um pouco a se fazer presente, continua a apresentar elevação, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passando de 1,86% para 2,98%. Na construção Civil, o INCC fechou dezembro com alta de 2,75%.