Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Os maiores impactos vieram de transportes (0,85%) e alimentação e bebidas (0,69%). A maior variação, por sua vez, ficou com vestuário (1,16%), que acumulou alta de 18,39% no ano.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,52% em dezembro, sobre alta de 0,53% no mês anterior, segundo relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta sexta-feira, encerrando 2022 com avanço acumulado de 5,90%. O número veio abaixo do que esperavam analistas de mercado ouvidos pela agência inglesa de notícias Reuters.
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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Os maiores impactos vieram de transportes (0,85%) e alimentação e bebidas (0,69%). A maior variação, por sua vez, ficou com vestuário (1,16%), que acumulou alta de 18,39% no ano.
Outros destaques são os resultados dos grupos saúde e cuidados pessoais (0,40%), que desacelerou ante novembro (0,91%), e habitação (0,40%), com variação próxima à do mês anterior (0,48%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,46% dos artigos de residência e a alta de 0,39% de despesas pessoais.
Passagens
Em dezembro, IPCA-15, que considera os preços coletados entre 15 de novembro e 13 de dezembro, subiu em todas as regiões pesquisadas. O grupo dos transportes subiu 0,85% em dezembro, impactada principalmente pelos nos preços das passagens aéreas (0,47%), que haviam recuado quase 10% no mês anterior. Em novembro, a alta havia sido de 0,49%.
Os preços dos combustíveis (1,79%) seguiram em alta, embora com resultado menor que o de novembro (2,04%). A gasolina (1,52%) contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês., enquanto o etanol (5,44%) teve a maior variação entre os combustíveis pesquisados. Óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) tiveram queda de preços em dezembro.
A variação de alimentação e bebidas (0,69%) também superou a de novembro (0,54%). Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,78%, influenciados pelas altas da cebola (26,18%) e do tomate (19,73%). Nos últimos três meses, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 52,74% e 49,84%, respectivamente.
Os preços do arroz (2,71%) e das carnes (0,92%) também subiram em dezembro, contribuindo para a alta do grupo. Já no lado das quedas, destaca-se o leite longa vida (-6,10%), em redução pelo quarto mês consecutivo. No entanto, o produto encerrou o ano de 2022 com aumento de 25,42%. A alimentação fora do domicílio (0,45%) ficou com resultado próximo ao do mês anterior (0,40%). O lanche teve alta de 0,88% e, a refeição, de 0,28%.