O PIB industrial, com queda de 3,7%, liderará a retração da economia. Será o segundo ano consecutivo de redução da economia brasileira e o terceiro de queda no PIB da Indústria, informou a CNI
Por Redação – de Brasília
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou, nesta sexta-feira, as tendências de crescimento da economia brasileira. Apesar da ligeira queda nas previsões dramáticas sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país), a recessão permanece aguda. As novas previsões indicam que o PIB encolherá 3,1% em 2016. No segundo trimestre deste ano, a estimativa era de uma queda de 3,5% para este ano.
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O PIB industrial, com queda de 3,7%, liderará a retração da economia. Será o segundo ano consecutivo de redução da economia brasileira e o terceiro de queda no PIB da Indústria, informou a CNI. Economistas ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil atribuem a recessão do país ao quadro de incertezas no panorama político.
Mais números
A previsão para os investimentos é de queda de 11%, inferior aos 13,9% estimados no segundo trimestre. O consumo das famílias encolherá 4,6%, menos do que os 4,8% previstos anteriormente, diz o Informe Conjuntural do terceiro trimestre.
Para a CNI, os principais sinais de recuperação da economia são o aumento da confiança dos empresários. O crescimento do superávit comercial e o ajuste dos estoques aos níveis planejados por empresários também pesam. O saldo comercial brasileiro deve alcançar US$ 50 bilhões este ano, muito mais do que os US$ 19,7 bilhões de 2015.
Além disso, observa a CNI, a conclusão do processo de impeachment e a posse de um governo que mudou os rumos da política econômica contribuem para a mudança do cenário.
Mais arrocho
“Ainda que a exata dimensão temporal do ajuste fiscal de longo prazo não esteja definida, a mudança de enfoque reverteu expectativas, com reflexo favorável na confiança dos agentes”, diz o Informe Conjuntural.
A CNI adverte, no entanto, que a recuperação depende do ajuste das contas públicas no longo prazo. Por isso, a confederação defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 241. Também conhecida como ‘PEC da Morte’, a medida restringe investimentos do governo e impõe a reforma da Previdência Social.