Indústria produz mais em agosto e tem melhor resultado do ano

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Publicado terça-feira, 7 de outubro de 2003 as 10:24, por: CdB

A indústria brasileira produziu 1,5% mais no mês de agosto em relação a julho e teve o maior resultado do ano neste tipo de comparação. O bom resultado reflete o movimento positivo de 13 dos 20 ramos pesquisados e de três das quatro categorias de uso. Entre os ramos de maior peso na estrutura industrial, destacam-se os resultados positivos de: mecânica (2,9%), material de transporte (2,3%), têxtil (2,9%) e produtos alimentares (1,7%).

Segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o dado refere-se à série livre de influências sazonais. No entanto, em relação a agosto de 2002, houve queda de 1,8%.

Na análise por categorias de uso, há um claro destaque do segmento de bens de consumo duráveis, que entre julho e agosto últimos apresentou o terceiro resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação, crescendo 5,2% no mês e acumulando taxa de 8,2% no período entre junho e agosto.

A produção de bens de capital cresceu 1,5%, e a de bens intermediários, 1,2%. Nos últimos dois meses, na comparação agosto 2003/junho 2003, o segmento de bens de capital avançou 2,3%, e o de bens intermediários, área de maior importância na estrutura industrial, cresceu 2,5%.

Em contraste com esse movimento de elevação no nível de atividade nos últimos dois meses, a produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis mostrou nova queda na passagem de julho para agosto (-0,8%). Foi o terceiro resultado negativo consecutivo, o que levou a uma perda de 3,3% no confronto agosto 2003/maio 2003.

O acumulado janeiro-agosto, relativamente a igual período do ano anterior, ficou em -0,5%. A taxa anualizada, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, mostrou aumento de 1,7%, abaixo, portanto, da taxa de 2,0% observada no mês de julho deste ano.

Os sinais de recuperação no ritmo da atividade industrial, que cresceu frente ao mês anterior em julho e agosto últimos, não foram suficientes para reverter a trajetória declinante dos índices para períodos mais longos (acumulado e últimos 12 meses).

Os índices de média móvel trimestral mostram, no entanto, um quadro de estabilização no ritmo produtivo e crescimento na área de bens de consumo duráveis.

Em relação a agosto de 2002, indústria apresenta o 5º resultado negativo consecutivo

Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o índice de agosto (-1,8%) foi o quinto resultado negativo consecutivo. Dezesseis ramos industriais assinalaram queda, e as de maior impacto sobre o índice global da indústria foram as de material elétrico e de comunicações (-8,3%), vestuário e calçados (-16,0%), farmacêutica (-22,9%) e minerais não metálicos (-8,5%). Entre as quatro indústrias que cresceram frente a agosto de 2002, os destaques foram mecânica (6,4%) e extrativa mineral (1,7%).

Os índices por categorias de uso mostram que apenas o setor de bens intermediários não registrou taxa negativa em relação a agosto de 2002 (0,1%). Nas demais categorias, as taxas foram as seguintes: bens de capital (-3,1%), bens de consumo duráveis (-3,8%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-7,8%).

No setor de bens de capital, apenas os produtos da indústria mecânica, influenciados sobretudo pelo desempenho do subsetor de máquinas para agricultura, registraram taxa positiva frente a agosto do ano passado (7,6%). Apresentaram índices negativos nesta comparação os bens de capital produzidos nas indústrias metalúrgica (-30,8%), de material elétrico e de comunicações (-16,6%), de mobiliário (-14,4%) e de material de transporte (-10,1%).

Exportações e agroindústria sustentam o desempenho de bens intermediários

A área de bens intermediários, única com crescimento em relação a agosto de 2002, continuou positivamente influenciada por sua maior ligação com as exportações, a agroindústria e também pelo impacto do crescimento da produção de petróleo. Nos subsetores de bens intermediários tipicamente identificados com a demanda interna, c