Índia e Turquia são atração na temporada de F-1

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Publicado quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005 as 11:31, por: CdB

Índia e Turquia, países que não faziam parte do mapa da Fórmula 1, estarão no centro das atenções nesta temporada. Os russos também estão chegando, com a compra da Jordan pelo Midland Group, do empresário canadense nascido em São Petersburgo Alex Shnaider, com promessas de ajudar o talento russo a chegar ao topo.

Também há expectativa em relação à Red Bull quando a temporada começar, em Melbourne, em 6 de março. A equipe, ex-Jaguar, foi comprada pelo bilionário austríaco de bebida energética Dietrich Mateschitz.

A Fórmula 1 foi tomada por mudanças desde o Grande Prêmio do Brasil, que encerrou a temporada passada em outubro. Três dos 10 chefes de equipe foram trocados e a dança de pilotos foi mais rápida do que nunca.

Christian Horner assumiu o capacete da Red Bull, Colin Kolles entrou na Jordan e Nick Fry, na BAR. Duas equipes, duas e meia se for calculada a compra pela Honda de 45% das ações da vice-campeã BAR, mudaram de proprietários.

Depois do sucesso das corridas de estréia na China e em Barein na última temporada, a Turquia terá seu primeiro GP em agosto, em circuito desenhado por Hermann Tilke e que está sendo construído no lado asiático de Istambul.

A corrida, que fará com que o calendário tenha o número inédito de 19 provas, será mais um elo no plano comercial global do empresário Bernie Ecclestone, e também acrescentará outro circuito de fora da União Européia no calendário. 

Narain Karthikeyan, que correrá pela Jordan como o primeiro piloto indiano de Fórmula 1, é o novato mais comentado. Com a estréia do “indiano mais rápido sobre rodas”, o já forte interesse do país pela F1 promete decolar.

O comunicado da equipe anunciando sua chegada representa exatamente o que significa a entrada do indiano: dar à Fórmula 1 um “apelo excepcional na Índia com o potencial de uma nova enorme audiência e mercado de negócios.”

Ecclestone, que quer expandir o negócio para fora da UE por causa da proibição de propaganda de tabaco, determinada no ano passado, acendeu o fogo quando disse à BBC na última semana que espera que a Índia tenha uma corrida dentro dos próximos três anos.

A cidade de Hyderabad esperava abrigar um GP em 2007, mas o principal arquiteto do plano perdeu as eleições regionais em 2004, que foram ganhas por rivais determinados a se concentrar mais em alimentação e agricultura do que em Fórmula 1.

O México pode entrar para o calendário no próximo ano, apesar de as disputas por terras na área perto de Cancun terem colocado isso em dúvida. Ecclestone também falou sobre um retorno à África do Sul, sobre uma prova na Rússia e uma segunda nos EUA. Os GPs da Grã-Bretanha, França e San Marino continuam, apesar das ameaças, mas algumas pessoas temem que 19 corridas possa ser uma pressão intolerável para o pessoal das equipes.

Pela primeira vez desde 1967, a França começará uma temporada sem um piloto, depois da saída de Olivier Panis. Outros que deixaram as pistas de maneira involuntária desde o início de 2004, incluindo o brasileiro Cristiano da Matta, o húngaro Zsolt Baumgartner, os italianos Gianmaria Bruni e Giorgio Pantano, e o alemão Timo Glock.

Somente duas equipes vão começar com a mesma formação de pilotos que no ano passado: Ferrari e BAR. Mas a BAR tem um novo chefe. A Williams, com o australiano Mark Webber e o alemão Nick Heidfeld, que vieram respectivamente da Jaguar e da Jordan, têm dois homens que ainda não venceram uma prova. Webber ainda não terminou acima do quinto lugar em três temporadas de Fórmula 1.

Outros quatro novatos chegarão, possivelmente cinco se o italiano Vitantonio Liuzzi, bem-cotado, for aprovado no lugar do austríaco Christian Klien na Red Bull. Minardi e Jordan, últimas colocadas, também terão pilotos sem experiência na Fórmula 1. Além de Karthikeyan, a Jordan recrutou Tiago Monteiro como o primeiro piloto de Portugal desde que Pedro Lamy correu pela Minardi em 1996.

A Minardi