IGP-DI de 1,31% em agosto não é preocupante, diz coordenador da FGV

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Publicado domingo, 12 de setembro de 2004 as 10:34, por: CdB

Na avaliação do coordenador de Analises Econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, Salomão Quadros, a alta de 1,31% verificada no Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), em agosto, exige atenção e cuidado, mas a situação ainda não é tão preocupante e grave quanto se pode imaginar. O economista chama a atenção, por exemplo, para o núcleo da inflação no varejo, que há quatro meses está descolado do IPC cheio. 

– No caso do varejo, quando a gente calcula o núcleo da inflação, que indica melhor a tendência do indicador, do que o índice em sua composição completa – porque exclui os produtos que têm altas transitórias e exageradas – ele continua relativamente descolado do índice cheio do IPC, que deu 0,79, contra 0,42% do núcleo. E isto é uma coisa que vem acontecendo há quase 4 meses.

Para Salomão Quadros existem pressões inflacionárias sim, há sinais mais visíveis de que altas estão acontecendo, mas, no final da linha – que é nos preços ao consumidor – essas altas não estão se generalizando.

– Então eu diria que é preciso cuidado e atenção, mas não estamos ainda em uma situação tão preocupante e grave quanto se pode imaginar. O IGP-DI mostrou pequena aceleração em relação ao mês passado e essa aceleração ela se explica tanto pela alta no atacado (produtos primários quanto nos da siderurgia, como os intermediários como borracha, plástico e produtos químicos, além de bens de consumo e maquinas e equipamentos – disse o economista.

O Coordenador da FGV ressaltou, por exemplo, o fato de que, apesar da alta, existem menos produtos acelerando preços este mês do que no último, embora com taxas maiores.