A perspectiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vencer as eleições em outubro, caso seja candidato, melhoraram muito, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendada ao Ibope. Ele ampliou a vantagem sobre o candidato oficial do PSDB, o governador Geraldo Alckmin, de acordo com o estudo divulgado na noite desta quarta-feira e venceria a corrida à Presidência, já no primeiro turno, se as eleições fossem hoje. No atual cenário com o governador de São Paulo, a diferença entre Lula e Alckmin seria de 43% contra 19%.
Caso o presidente seja candidato e as eleições acontecessem agora, Lula seria eleito com mais de 50% dos votos válidos, sem contar os votos brancos e nulos e os que não opinaram. Anthony Garotinho (PMDB) apareceu em terceiro lugar com 14%, seguido por Heloísa Helena (PSOL), com 5% das intenções de voto. Os votos brancos e nulos representam 11%. Não sabem ou não opinaram, 8% dos pesquisados.
A pesquisa mostrou também que a vantagem de Lula sobre Alckmin subiu de dezembro para março. Na pesquisa de dezembro, a diferença entre Lula e Alckmin era de 12 pontos: 32% contra 20%. Em março, a vantagem subiu para 24 pontos. O estudo foi feito antes do anúncio oficial do PSDB sobre o escolhido para disputar a Presidência da República. A recuperação do presidente Lula acompanha o aumento da aprovação ao seu governo.
No segundo turno com Alckmin, Lula venceria com 49% das intenções de voto contra 31% do candidato tucano, com 18 pontos de diferença. Na pesquisa anterior, feita em dezembro, Lula aparecia com 41% das intenções de voto contra 37% de Alckmin –a diferença era de quatro pontos. O percentual de votos brancos e nulos no segundo turno caiu em relação à pesquisa de dezembro, de 17% para 13% em março.
Lula também poderia vencer já no primeiro turno no cenário em que o candidato do PMDB fosse o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. Nele, o presidente tem 46% das intenções de voto no primeiro turno, contra 22% de Alckmin, 3% de Rigotto e 8% de Heloísa Helena. Os brancos e nulos somam 13% e não sabem e não opinaram, 9%.