A Operação Curupira, de combate à extração ilegal de madeira, terá continuidade com o nome de Operação Arribação, que será objeto de convênio entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis e a Polícia Federal para apuração permanente de denúncias. A informação é do presidente do Ibama, Marcus Barros, que participou de reunião na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Biopirataria na Câmara.
Barros acrescentou que os detalhes do convênio estão em estudo no Ministério do Meio Ambiente e que a exploração de madeira só pode ser feita com a contrapartida de manejo florestal. Ele lembrou que a atuação do serviço de Inteligência do Ibama, em especial nos estados do Amazonas e do Pará, onde a exploração corresponde a 4% do Produto Interno Bruto, já provocou queda na atividade irregular.
O serviço de Inteligência do Ibama, anunciou Barros, está colhendo dados para realizar operações semelhantes à Curupira em outros estados, não mencionados por “questão estratégica”. O presidente do Ibama argumentou que em Mato Grosso e em Rondônia ainda é grande o volume de madeira retirada da floresta sem reposição.
Até 1º de julho, informou, está suspenso o fornecimento de autorizações para transporte de produtos florestais. Em Mato Grosso, a gerência-executiva do Ibama está sob intervenção e foram descredenciados todos os servidores que operavam sistemas de controle do órgão, após a atuação da Operação Curupira.