Grito dos Excluídos ocupa ruas e promove Plebiscito Popular

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quinta-feira, 4 de setembro de 2014 as 11:44, por: CdB
O grito busca questionar o patriotismo passivo no dia da independência do Brasi, 7 de setembro
O grito busca questionar o patriotismo passivo no dia da independência do Brasi, 7 de setembro

O Grito dos Excluídos completa 20 anos e o tema das manifestações desse ano é “Ocupar Ruas e Praças por Liberdades e Direitos”. Além disso, o movimento está promovendo o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva, que está sendo votado essa semana em todo país. A reportagem sobre o tema foi ao ar na edição desta quarta-feira do Seu Jornal, da TVT.

Dom Pedro Luiz Stringhini, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, afirma que o Congresso Nacional representa hoje os mais ricos e não as classes populares, por isso, não tem interesse em realizar a reforma política. “É preciso uma Constituinte à parte e autônoma, como também mobilização popular”, pontua.

Roselene Wansetto, da coordenação do Grito dos Excluídos, ressalta que a democracia brasileira foi historicamente construída a partir das manifestações populares nas ruas. “É o espaço legítimo do povo de ocupar, defender, se utilizar das praças e das ruas”, considera.

Maria Aparecida Pereira Lima, da Pastoral Operária de São Paulo, denuncia que as populações periféricas sofrem com a repressão policial. “Você não tem o direito de falar que você está sofrendo no trabalho, que você não tem casa, todo o direito é tirado do povo trabalhador”, diz.

O Grito dos Excluídos deste ano busca protestar contra a repressão do Estado durante as manifestações de massa que aconteceram em junho do ano passado e fortalecer as lutas de 2014, por isso o tema “Ocupar Ruas e Praças por Liberdades e Direitos”.

O movimento foi organizado por lideranças católicas em 1994 e reúne hoje diversos movimentos sociais, sindicatos e entidades que lutam por segmentos desfavorecidos. É uma manifestação popular que acontece durante a chamada Semana da Pátria, que antecede o feriado de 7 de Setembro. As manifestações buscam fortalecer movimentos sociais e questionar o patriotismo que costuma ser praticado no dia da independência do Brasil.