A inflação desacelerou em toda a região, mas a queda “ainda é insuficiente para deixar as autoridades monetárias confortáveis”, particularmente considerando o cenário de expectativas de inflação e elevados prêmios de risco, acrescenta Ramos.
Por Redação, com Bloomberg – de Nova York, NY-EUA
O México e a Colômbia provavelmente encerraram o ciclo de aperto monetário, enquanto o Brasil e o Chile podem em breve procurar uma chance de cortar as taxas de juros, de acordo com o Goldman Sachs, um dos maiores bancos norte-americanos de investimento.
![Goldman Sachs](https://www.correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2023/03/goldman-sachs.jpg)
“Os únicos dois bancos centrais ativos durante março a abril, Colômbia e México, provavelmente no final de maio também estarão no pico das taxas. Os bancos centrais que estão parados há mais tempo, caso de Brasil e Chile, podem em breve estar procurando uma janela de oportunidade para começar a reduzir de forma responsável e com credibilidade o nível de restrição da política monetária”, escreveu Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman para a América Latina, em nota que chega ao mercado, nesta segunda-feira.
A inflação desacelerou em toda a região, mas a queda “ainda é insuficiente para deixar as autoridades monetárias confortáveis”, particularmente considerando o cenário de expectativas de inflação e elevados prêmios de risco, acrescenta Ramos.
Cautela
Os BCs latino-americanos aumentaram agressivamente as taxas nos últimos dois anos, à medida que os preços disparavam quando a demanda se recuperava dos bloqueios da pandemia.
Isso ajudou a domar a inflação, mas a convergência para as metas provavelmente será lenta, então os bancos centrais serão cautelosos quanto ao corte das taxas, de acordo com Ramos.