Mais um medicamento anti-retroviral passa a fazer parte do tratamento da aids fornecido pelo governo federal, que conseguiu uma redução recorde de 76,4% no preço com o fabricante após negociações. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde.
O acerto, que representa uma economia de R$ 191 milhões ao ano no tratamento, foi feito com o laboratório Bristol-Myers Squibb. O governo vai comprar o medicamento atazanavir por US$ 3,25 a cápsula, quando o valor de fábrica atualmente é de US$ 13,80.
“Esta é a maior redução de preços obtida pelo Brasil nas negociações com a indústria farmacêutica”, disse o ministério em comunicado.
O medicamento, que passa a ser o 15ª a fazer parte do coquetel antiaids, começa a ser distribuído pelo governo nos próximos meses. Segundo estimativas do governo, 8 mil pacientes devem pasar a usar o novo medicamento até o fim de 2004. O atazanavir, vendido com o nome comercial de Reyataz, é o primeiro inibidor da protease usado uma vez ao dia (duas cápsulas).
O ministério informou que ainda continua em negociação com laboratórios para conseguir a redução de preços de outros três remédios do coquetel, que consomem 63% dos gastos do ministério com medicamentos para aids. Esses medicamentos são efavirenz, fabricado pela Merck Sharp & Dhome, o lopinavir/ritonavir (Abbott) e o nelfinavir (Roche).