O governo brasileiro está ampliando o processo de fiscalização sobre a indústria farmacêutica, visando aumentar a segurança e a qualidade dos medicamentos consumidos pela população.
A informação foi dada neste sábado, na capital pernambucana, pelo ministro da saúde, Humberto Costa, acrescentando que a medida foi tomada para evitar que se repitam casos como o do Laboratório Enila, do Rio de janeiro.
O Enila é o fabricante do contraste Celobar, que modificou a fórmula do produto, sem autorização legal, para reduzir custos de produção e utilizou veneno contra ratos, o que resultou em intoxicação e morte de vários pacientes.
Humberto Costa disse que a partir de agora, além de comprovar a realização de testes de bioequivalência e biodisponibilidade, a empresa terá que apresentar um lote padrão do medicamento, para que a inspeção possa ser feita, antes da comercialização.
Questionado sobre um colírio que teria provocado cegueira em 13 pacientes numa clínica do Rio de Janeiro, que se submeteram a cirurgias oculares, o ministro afirmou que o caso será apurado administrativa e criminalmente.
Ele disse que o governo Lula não terá nenhuma complacência com empresários irresponsáveis ou empresas que adotem práticas criminosas que ponham em risco a saúde da população.