Governo faz acordo e reduz gastos com medicamentos contra HIV

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira que vai economizar R$ 299 milhões na compra de medicamentos contra o vírus da Aids em 2004. A queda nos gastos é fruto de um acordo com os laboratórios farmacêuticos que fornecem os anti-retrovirais.

Segundo o ministério, se o acordo não tivesse saído, os gastos chegariam a R$ 807 milhões. Em relação ao gasto no ano passado (R$ 542 milhões), a economia é de R$ 34 milhões.

Graças às negociações, mesmo com o acréscimo esperado de 20 mil novos pacientes na terapia anti-retroviral e a introdução de dois medicamentos no coquetel, o custo total do tratamento, em 2004, será de R$ 508 milhões. Os gastos por paciente serão de R$ 3,4 mil.

Ao todo, foram negociados os preços de cinco medicamentos: Nelfinavir, Lopinavir, Efavirenz, Tenofovir e Atazanavir, dos laboratórios Roche, Abbott, Merck Sharp & Dohme, Gilead e Bristol, respectivamente.

Acordos

A maior redução obtida com as novas negociações foi a do medicamento Atazanavir, do laboratório Bristol, cujo preço diminuiu 76,4%. O laboratório Merck Sharp & Dohme reduziu em 25% o preço do Efavirenz. A Abbott, em 13,3% o preço do Lopinavir, a Roche aceitou fazer desconto de 10% para as compras do Nelfinavir, e a Gilead reduziu o preço do Tenofovir em 43,35%.

Segundo o laboratório Abbott, o governo continuará a receber o Lopivanir pelo preço mais baixo do mundo, à exceção do programa de preço humanitário do laboratório para África e países menos desenvolvidos.