Governo e servidores das universidades federais não chegam a acordo

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quarta-feira, 28 de julho de 2004 as 15:03, por: CdB

Depois de mais uma rodada de negociações com os Ministérios da Educação e Planejamento, os servidores das universidades federais não chegaram a um acordo com o governo e mantêm a greve, que já dura mais de um mês. Na próxima quinta-feira, dia 29, os servidores voltam a se reunir com o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação (MEC), Jairo Jorge, e representantes do Planejamento.

Segundo o coordenador geral da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), João Paulo Ribeiro, a proposta apresentada pelo governo é inviável para a categoria. O índice de reajuste para mudanças de carreira continua sendo o principal entrave nas negociações. João Paulo disse que o governo propôs um índice de 3,37% e piso salarial de R$ 701,00. Já a categoria quer índice de 5% e um piso equivalente a três salários mínimos, R$ 780,00.

– Muita gente vai continuar ganhando o mesmo salário. Está muito aquém da nossa necessidade – afirma o coordenador.

Ribeiro informou que a proposta do governo será discutida com o comando nacional da Federação que deve elaborar uma contraproposta para ser apresentada nesta quinta-feira aos representantes dos ministérios. No início da tarde, o governo se encontra com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andes), que representa os professores das Universidades Federais, para discutir o reajuste salarial da categoria. Os professores ameaçam entrar em greve no dia 3 de agosto.