Governo anuncia medidas econômicas na terça-feira

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Publicado domingo, 22 de maio de 2016 as 12:12, por: CdB

Segundo Romero Jucá, “os anúncios de medidas econômicas não se esgotam na terça-feira, vão continuar acontecendo, à medida que forem ficando prontas”

Por Redação, com Reuters– de Brasília:

O governo de facto vai apresentar na terça-feira as medidas para recuperar a economia e ajustar as contas públicas após projeção de déficit primário de R$ 170,5 bilhões. O presidente de facto Michel Temer reuniu-se no sábado, em São Paulo, com ministros, entre eles Henrique Meirelles (Fazenda) e Romero Jucá (Planejamento), para analisar as medidas a serem adotadas.

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O governo interino necessita do apoio dos parlamentares para aprovar medidas importantes de ajuste da economia

– Os anúncios de medidas econômicas não se esgotam na terça-feira, vão continuar acontecendo, à medida que forem ficando prontas – disse Jucá em sua conta no Twitter, acrescentando que as medidas visam a melhorar o gasto público e as condições de investimento.

Segundo o ministro, Temer vai na segunda-feira ao Congresso para se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O governo interino necessita do apoio dos parlamentares para aprovar medidas importantes de ajuste da economia.

– Espero do Congresso que entenda as necessidade do povo brasileiro e das finanças públicas. Acredito que será uma negociação muito produtiva – disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Rombo primário

O governo federal pedirá aval do Congresso Nacional para fechar 2016 com déficit primário recorde de R$ 170,5 bilhões, mas indicou que pretende realizar um resultado melhor com a adoção de medidas que visam o reequilíbrio fiscal e que devem ser anunciadas nas próximas semanas.

A nova estimativa de déficit representa um aumento de quase 80 por cento em relação à projeção de um rombo de 96 bilhões de reais, conforme projeto de lei enviado ao Legislativo no fim de março pela equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a nova estimativa é “realista” e que não considera nenhuma medida que dependa do Legislativo, como a recriação de CPMF, nem tampouco o impacto negativo de eventual necessidade de capitalização da Eletrobras.

– Vamos trabalhar para que número seja menor que esse e que haja espaço para números extraordinários que possam surgir – disse Meirelles em entrevista coletiva.