Governador denuncia incursão da Ucrânia em território russo

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Publicado segunda-feira, 22 de maio de 2023 as 11:33, por: CdB

A guerra  já se arrasta há um ano e três meses e, nas últimas semanas, se concentra em Bakhmut, localidade estratégica na província de Donetsk.

Por Redação, com ANSA – de Moscou

Um governador russo denunciou nesta segunda-feira a penetração de forças ucranianas no território do país.

A guerra na Ucrânia já se arrasta há um ano e três meses

De acordo com Vyacheslav Gladkov, governador de Belgorod, um “grupo de sabotagem e reconhecimento” do Exército da Ucrânia entrou no distrito de Grayvoronsky.

– As Forças Armadas da Federação Russa estão adotando as medidas necessárias para eliminar o inimigo – declarou Gladkov.

Vídeos em canais ucranianos e russos no Telegram mostram combates na região, inclusive com o uso de helicópteros.

No entanto, um representante da inteligência militar de Kiev, Andriy Yusov, disse que a incursão foi feita por milicianos russos antiguerra.

A guerra na Ucrânia já se arrasta há um ano e três meses e, nas últimas semanas, se concentra em Bakhmut, localidade estratégica na província de Donetsk, leste do país.

Mercenários russos reivindicaram o controle da cidade, mas a Ucrânia afirma que suas tropas seguem batalhando por Bakhmut.

Bakhmut

A Ucrânia disse que suas forças ao norte e ao sul de Bakhmut estavam avançando nesta segunda-feira para capturar os russos dentro da cidade em ruínas que Moscou diz ter capturado no fim de semana após a batalha mais sangrenta na Europa entre tropas terrestres desde a Segunda Guerra Mundial.

A proclamação da Rússia no sábado de que finalmente conquistou os últimos quarteirões de Bakhmut encerraria uma batalha que ambos os lados chamaram de moedor de carne e deu a Moscou sua primeira chance de declarar uma vitória substancial em mais de 10 meses.

Mas, mesmo enquanto os russos avançavam dentro de Bakhmut, suas forças nos arredores norte e sul da cidade estavam recuando no ritmo mais rápido da guerra por seis meses, dando a ambos os lados motivos para afirmar que o ímpeto havia mudado em seu caminho.

Moscou diz que a captura de Bakhmut agora abre caminho para novos avanços no leste da Ucrânia. Os ucranianos afirmam que seu avanço nos flancos das forças russas foi mais significativo do que sua retirada dentro da cidade, e que os reforços russos enviados para manter Bakhmut enfraquecerão as linhas de Moscou em outros lugares.

– Através de nosso movimento nos flancos – ao norte e ao sul, conseguimos destruir o inimigo – disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, nesta segunda-feira em comentários televisionados.

– Ao mover-se pelos flancos e ocupar certas alturas ali, nossas Forças Armadas tornam muito difícil para o inimigo permanecer na própria cidade.

As forças ucranianas ainda estão avançando, particularmente ao sul de Bakhmut, declarou Maliar, embora ela tenha dito que a intensidade dos combates no flanco norte diminuiu por enquanto. A Reuters não pôde verificar de forma independente a situação em nenhum dos locais.

Maliar também disse que a Ucrânia ainda mantém uma posição dentro da própria cidade, embora monitores independentes digam ser improvável uma presença substancial ucraniana remanescente.

Guerra

“Os mercenários do Grupo Wagner provavelmente garantiram as fronteiras administrativas ocidentais da cidade de Bakhmut, enquanto as forças ucranianas continuam a priorizar os contra-ataques nos arredores de Bakhmut”, disse o Instituto para o Estudo da Guerra nesta segunda-feira.

A batalha dentro de Bakhmut até agora tem sido liderada por Wagner, um exército privado russo cujo líder Yevgeny Prigozhin tem emitido mensagens diárias de áudio e vídeo zombando da liderança das Forças Armadas regulares da Rússia e acusando-as de abandonar seus flancos mesmo com o avanço de suas próprias forças.

Em sua última mensagem nesta segunda-feira, ele repetiu a promessa de retirar suas tropas de Bakhmut, começando em três dias, e entregar a defesa da cidade recém-capturada às tropas regulares.

O Ministério da Defesa de Moscou reconheceu que algumas tropas russas recuaram para fora de Bakhmut na semana passada, mas negou a repetida afirmação de Prigozhin de que os flancos estavam desmoronando ou que os militares retiveram munição de Wagner.

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