Galo vence a primeira em casa

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Publicado quarta-feira, 16 de abril de 2003 as 22:56, por: CdB

O Atlético-MG não teve uma grande atuação contra o Guarani, nesta quarta-feira, no Mineirão, mas conseguiu sua primeira vitória dentro de casa no Campeonato Brasileiro. O Galo derrotou o Bugre, por 3 x 2, chegando aos 10 pontos em 12 disputados (rendimento de 83,33%). Se o alvinegro venceu perto de sua torcida, o time de Campinas continuou sem pontuar como visitante, ficando estacionado nos seis pontos (50% de aproveitamento).

O Galo começou o primeiro tempo disposto a abrir logo o placar. Com muita disposição e rapidez os donos da casa pressionaram o Guarani desde o início. O primeiro chute, dado por Cicinho, aos 5min, não teve direção, mas mostrou que o Atlético estava presente no ataque, rondando perigosamente a área adversária.

Aos 9min, o time atleticano chegou em tabela rápida, entre Alessandro, Guilherme e Lúcio Flávio, que bateu colocado, permitindo a boa defesa de Jean. Um minuto depois, foi a vez de Alexandre chutar para outra defesa do goleiro do Guarani. Mas o Galo não cansou da pressão e chegou ao seu gol. Cicinho foi derrubado pelo lateral-direito Patrício, perto da área. Na cobrança, Lúcio Flávio acertou o ângulo, fazendo o seu primeiro gol no Brasileiro e o primeiro do Galo no Mineirão.

O Galo seguiu pressionando dando a impressão que poderia ampliar a sua vantagem a qualquer momento. Mas não foi isso que aconteceu. Aos poucos, o Guarani foi se equilibrando em campo, apertando a marcação e dificultando as ações ofensivas dos donos da casa. O resultado é que a equipe atleticana passou a atuar de forma lenta e cometendo muitos erros de passes (23 no tempo inicial).

Como já não se sentia tão ameaçado, o Guarani, armado pelo experiente técnico Pepe, no 3-5-2, começou a explorar mais os contra-ataques, alternando as jogadas pelas duas extremas, aproveitando os avanços dos laterais atleticanos Cicinho e, especialmente, Marquinhos. O problema do Bugre foi finalizar pouco. Foram apenas três vezes nos 45 minutos iniciais.

Aos 35min, o zagueiro Paulão fez o papel do grandalhão atacante Creedence e cabeceou bem, com perigo para o goleiro Velloso, mas a bola foi para fora. Aos 37min, a bola entrou no gol atleticano, mas não valeu. Alex cruzou da esquerda e Wagner, do outro lado, marcou, mas o lance foi invalidado pelo árbitro baiano Lourival Lima Dias Filho, que assinalou impedimento, gerando protestos dos jogadores da equipe paulista.

O Guarani voltou entusiasmado para o segundo tempo. Logo aos 18 segundos, Rafael desceu com perigo pela direita, mas cruzou mal. Com 1 min, o Bugre quase empatou, em chute forte de Patrício, bem defendido por Velloso. A pressão continuou e o time visitante teve dois escanteios na seqüência.

Aos 4min, o volante Hélcio, do Galo, sofreu grave contusão. Ele caiu sobre o braço esquerdo e pela reação dos jogadores dos dois times e do árbitro baiano já se previa um problema mais sério. O diagnóstico do médico Rodrigo Lasmar confirmou uma fratura exposta no antebraço esquerdo do jogador, que estava voltando ao time depois de ser poupado contra o Atlético-PR, por causa de cansaço muscular. Do Mineirão, ele saiu direto para o Hospital Mater Dei.

O jogo no segundo tempo foi mais aberto. Prova disso, foi a seqüência de lances perigosos dos dois lados. Aos 12min, o zagueiro Scheidt fez o segundo gol atleticano, aproveitando rebatida da zaga após chute de Alessandro. A alegria alvinegra durou pouco. Dois minutos depois, o Guarani marcou o seu gol. Scheidt falhou e permitiu o cruzamento de Wagner, que pegou Creedence completamente livre, diante de Velloso, para cabecear para as redes.

O Atlético tentou responder e desperdiçou duas chances seguidas, com Guilherme e Cicinho, mas o Guarani não desanimava e contra-atacava sempre com muito perigo, deixando apreensivos os mais de 15 torcedores atleticanos, que pagaram ingressos no Mineirão. As jogadas do lateral Patrício eram o caminho mais curto para ameaçar o gol de Velloso.

Mas o treinador Pepe tirou o lateral e colocou o atacan