Policiais do 23º BPM (Leblon) recuperaram, na madrugada desta quinta-feira, os três fuzis roubados da unidade do Exército, no Forte de Copacabana. As armas estavam enterradas e embrulhadas em sacos plásticos, num terreno baldio, nas proximidades da Rua João Goulart, localidade conhecida como Chácara do Céu, no Morro do Vidigal. De acordo com o tenente-coronel José Maurício Padrone, comandante em exercício do batalhão do Leblon, por volta das 3h da madrugada, eles receberam uma denúncia anônima garantindo que os fuzis do Exército estavam naquele local.
Rapidamente foi montada uma operação e os policiais ao chegarem na favela, foram recebidos a tiros, mas conseguiram chegar até o ponto indicado e resgatar as armas. Os fuzis foram levados para a 14ª DP (Leblon), onde militares do Serviço Reservado do Exército confirmaram que as armas eram as mesmas que foram desviados das Forças Armadas.
Após a recuperação dos fuzis, a megaoperação do Exército em conjunto com a Polícia Militar, montada no Morro Pavão-Pavãozinho, onde mora um dos soldados envolvidos no desvio das armas, foi desmobilizada. Pela manhã, os 36 militares que permaneciam na favela, desde o amanhecer de quarta-feira, deixaram o morro, junto com os PMs.
Os militares também cancelaram outra operação que deveria acontecer no Morro da Rocinha, onde mora o outro militar envolvido no sumiço dos três fuzis. O comando militar, através do tenente-coronel Gerson, informou que o encontro das armas também teve a participação do Exército, que decidiu fazer as operações com o objetivo de sufocar o tráfico de drogas.
Os três fuzis do tipo Fal foram retirados do Quartel do Forte de Copacabana, na noite de segunda-feira, pelo soldado Carlos Henrique de Melo, de 18 anos. Ele era o responsável pela manutenção das armas e depois de desmontar as armas não teve dificuldade para fugir através de uma trilha de acesso à Praia do Diabo.
O desvio do armamento, segundo os militares, contou também com a participação do soldado Carlos Eduardo Teixeira de Farias, de 18 anos, que estava de folga e ficou do lado de fora do Forte. O desvio das armas só foi percebido na manhã de terça-feira, quando foi montada a operação, através do Comando Militar do Leste.