Uma nova greve dos funcionários da Vasp foi aprovada nesta segunda-feira e deverá durar 48 horas, incluindo pilotos, co-pilotos, comissários de vôo, engenheiros e mecânicos. Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, “a paralisação é nacional e vai começar a partir das 23h59m desta segunda-feira”.
– Os vôos não vão decolar enquanto não for depositado o salário. Mas Os trabalhadores poderão não voltar ao trabalho se a companhia não honrar com o pagamento dos salários de agosto, que estão atrasados. Ainda não foram pagos os salários dos funcionários que ganham acima de R$ 1.500 – disse.
Ela disse ainda que, nesta terça-feira, será realizada uma manifestação no Palácio dos Bandeirantes, pois o governo de São Paulo teria participação na gestão da Vasp. O objetivo da manifestação, segundo afirmou Graziella, é fazer com que uma comissão de funcionários e do sindicato seja recebida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
– Queremos que o governo garanta o restabelecimento dos vôos da Vasp, já que o governo é um dos principais acionistas da companhia. Pelo que soubemos, o governo de São Paulo tem 40% da Vasp – disse. Os passageiros poderão ser acomodados em vôos de outras empresas, acrescentou.
Pilotos, engenheiros e comissários de bordo da Vasp suspenderam as atividades por 24 horas, tempo suficiente para o registro de uma série de atrasos e cancelamentos em vôos nos principais aeroportos do país. Na última sexta-feira, a Vasp registrava um saldo de 68 vôos cancelados por todo o país, entre pousos e decolagens. A Vasp ainda não se manifestou sobre a greve.