A França expulsou no ano passado 35.000 estrangeiros que estavam em situação irregular, informou nesta quarta-feira, o ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, que fixou a meta de dobrar essa cifra este ano.
Numa entrevista coletiva centrada nos números relativos à criminalidade no último ano na França, que caíram 3,38 por cento, Sarkozy assinalou que todas essas expulsões foram feitas segundo os acordos de Schengen.
As nacionalidades dos estrangeiros expulsos que mais se repetiram foram, nesta ordem, “chineses, argelinos, romenos, senegaleses, marroquinos e malienses”, detalhou o ministro.
Durante 2003, a França fretou sete vôos, dos quais três foram divididos com “nossos vizinhos europeus”, para levar os estrangeiros em situação ilegal a seus respectivos países, e 209 vôos agrupados, ou seja, com mais de “cinco clandestinos em vôos comerciais”, acrescentou Sarkozy.
“Devido à queda espetacular de estrangeiros na área de espera” do aeroporto Roissy Charles de Gaulle, que é “a primeira fronteira da França”, esses vôos já não são necessários, ressaltou Sarkozy.
Ele lembrou ainda que, quando chegou ao ministério de Interior, em maio de 2002, havia uma média de 500 pessoas por dia na lista de espera, que tem 275 lugares, enquanto no final de 2003 a média de afluência nessa região aeroportuária passou para cem pessoas.
– Nunca, há oito meses, as 275 vagas foram ocupadas – ressaltou Sarkozy, acrescentando que na semana passada foi atingida a cifra histórica de apenas 57 pessoas na zona de espera de Roissy-Charles de Gaulle.
O ministro informou que, na semana passada, foram expulsos da França “dois imames turcos”, acusados de fazer “propaganda violenta e extremista”.
Por último, Sarkozy explicou que atualmente “80 por cento dos pedidos de asilo são tratados em quatro dias em Roissy”.