Forças de Israel atacam instalação humanitária em Gaza

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Publicado quarta-feira, 7 de agosto de 2024 as 12:41, por: CdB

As FDI também declararam que supostamente usaram munições de precisão para mitigar o risco de danos colaterais, como baixas civis.

Por Redação, com Sputnik – de Gaza

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram nesta quarta-feira que atacaram uma instalação dentro de uma área humanitária na cidade de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, onde armas para o movimentos palestinos Hamas e Jihad Islâmica eram supostamente produzidas.

Forças de Israel atacam instalação humanitária em Gaza alegando fábrica de armas escondida, afirmam FDI

As FDI também declararam que supostamente usaram munições de precisão para mitigar o risco de danos colaterais, como baixas civis.

“Na terça-feira, após informações precisas das FDI e da ISA (Agência de Segurança de Israel), uma instalação de produção de armas do Hamas e da Jihad Islâmica embutida na Área Humanitária em Deir al-Balah foi atingida pela FAI (Força Aérea Israelense)”, disseram as FDI no Telegram.

Em 7 de outubro de 2023, Israel foi submetido a um ataque de foguete sem precedentes a partir da Faixa de Gaza. Além disso, combatentes do Hamas se infiltraram nas áreas de fronteira, abriram fogo contra militares e civis e fizeram mais de 200 reféns. As autoridades dizem que cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas durante o ataque. As FDI lançaram a Operação Iron Swords (Espadas de Ferro) na Faixa de Gaza e anunciaram um bloqueio completo do enclave: o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e remédios foi interrompido.

Conversações com Israel em uma conferência de paz

A Palestina está pronta para negociações sobre seu status final com Israel em uma conferência de paz, disse o presidente palestino Mahmoud Abbas em uma entrevista à agência russa de notícias Sputnik.

– O Estado da Palestina formou uma visão política e preparou um roteiro, que foi endossado por um grupo de seis Estados árabes e submetido à consideração dos EUA, da União Europeia e dos membros do Conselho de Segurança da ONU. Ele se baseia em uma solução política abrangente para acabar com a presença israelense na Faixa de Gaza – disse Abbas.

O presidente enfatizou que a solução apresentada envolve “entrar em negociações sobre o status final com o lado israelense no âmbito de uma conferência internacional de paz, de acordo com um determinado calendário e a elaboração de um mecanismo de segurança regional”.

Ele observou que, como parte dessa decisão, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) está pronta para cumprir suas funções na Faixa de Gaza e exige o fim de todas as ações hostis unilaterais de Israel na Cisjordânia e em Jerusalém.

Abbas chamou a decisão da Knesset, assembleia legislativa unicameral de Israel, que, em 18 de julho, aprovou uma declaração contra o estabelecimento de um Estado palestino na Cisjordânia, de ser contrário ao direito internacional.

– A votação no Knesset israelense é uma violação flagrante da lei internacional e de todos os acordos assinados anteriormente que formam a base para uma solução política para o conflito no Oriente Médio – disse Abbas.

Ele enfatizou que a votação “contradiz o princípio de dois Estados adotado pela ONU e pelas potências mundiais e o próprio fato de o Estado da Palestina ser um participante pleno em mais de cem organizações e acordos internacionais”.

Contudo, o presidente palestino afirmou que seu país vai continuar trabalhando para se tornar membro pleno da ONU.

– Continuaremos nosso trabalho na ONU com o objetivo de obter a adesão plena à organização e o reconhecimento da condição de Estado palestino por novos países, e continuaremos nossos esforços políticos, diplomáticos e legais para acabar com a ocupação dos territórios do Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital – disse Abbas.

A Assembleia Geral da ONU, em 10 de maio, adotou uma resolução que amplia os direitos da Palestina no órgão mundial e recomenda que o Conselho de Segurança reconsidere positivamente a filiação do país à ONU. 143 países votaram a favor da resolução, nove foram contra e 25 se abstiveram.

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