O governo de El Salvador apresentou ao Conselho Permanente da OEA nesta quinta-feira a candidatura Francisco Flores, ex-presidente do país, para a secretaria-geral da organização.
Abigail Castro, representante de El Salvador na Organização dos Estados Americanos (OEA), fez a apresentação formal da candidatura de Flores. Com isso, ele disputa o cargo com o chanceler do México, Luis Ernesto Derbez, e o ministro do Interior do Chile, José Miguel Insulza.
Os Estados Unidos disseram que apoiarão um candidato centro-americano de consenso, particularmente “um ex-presidente”, o que é o caso de Flores.
No entanto, ele não é apoiado por Honduras e Belize e está tentando o apoio dos 14 países do Caribe – todos, exceto Cuba, que não faz parte da OEA.
Contra a candidatura de Flores existe ainda o fato de sua administração de cinco anos, que terminou em julho de 2004, ter reconhecido rapidamente o efêmero governo golpista venezuelano do empresário Pedro Carmona, que durante menos de 48 horas substituiu o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em abril de 2002.
O ex-chanceler do México, Jorge Castañeda, garantiu no final de 2004 que Flores conversou com outros países para que dessem sua autorização a Carmona, uma afirmação negada pelo ex-presidente salvadorenho.