Uma das promessas de campanha do presidente do Flamengo, Hélio Paulo Ferraz, foi a aquisição de um centro de treinamento. Passados quase três meses de mandato, no entanto, a falta de estrutura para os jogadores e comissão técnica continua.
O CT da “Mengolândia”, num espaço cedido pelo empresário vascaíno Arthur Sendas, em São João de Meriti, foi descartado depois de realizada a festa de inauguração, com direito a hasteamento da bandeira do clube. O tão sonhado “Ninho do Urubu”, que seria construído num terreno em Vargem Grande, zona oeste carioca, ainda depende do apoio de empresas privadas.
Com o gramado do estádio da Gávea em obras e com o pedido dos jogadores para retornarem da pré-temporada em Resende, a alternativa foi utilizar o espaço cedido pelo vice-presidente de administração, José Carlos Carvalho Dias, no Recreio dos Bandeirantes, também na zona oeste.
O problema é que o local é de difícil acesso e sem a infra-estrutura necessária para acomodar o grupo rubro-negro. O primeiro treino no “Cheirinho de Gol”, nome do campo que costuma ser alugado para peladas e tem Romário como um de seus clientes, foi realizado nessa terça-feira.
O alongamento foi realizado em frente à lanchonete e não há sala de musculação, fisioterapia, nem vestiários. Para tomar banho, os jogadores entravam em duplas, já que o espaço é bem reduzido.
“Não há estrutura, mas o gramado é bom e compensa”, disse o técnico Evaristo de Macedo, ignorando as medidas reduzidas do campo, que tem 55 metros de largura, dez a menos do mínimo exigido pela Fifa.