Filho mais novo de Bolsonaro é mais uma vez convocado pela PF

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Publicado quinta-feira, 7 de abril de 2022 as 15:46, por: CdB

O inquérito está paralisado há meses, desde que Renan não atendeu ao convite da PF. O filho ’04’, como é conhecido, também não compareceu a outra intimação, determinada em dezembro e, em face da recusa sistemática do suspeito, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências.

Por Redação – de Brasília

Primogênito do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro é alvo de investigação pela Polícia Federal (PF) sobre denúncias de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ele foi intimado a prestar depoimento, nesta quinta-feira, na Superintendência da PF em Brasília.

Jair Renan
Filho ’04’ do presidente Jair Bolsonaro (PL), o empresário Jair Renan não compareceu às outras intimações da PF

O inquérito está paralisado há meses, desde que Renan não atendeu ao convite da PF. O filho ’04’, como é conhecido, também não compareceu a outra intimação, determinada em dezembro e, em face da recusa sistemática do suspeito, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu prorrogação de prazo para a conclusão das diligências.

Espionagem

Em outubro do ano passado, o delegado Vitor Cesar Carvalho dos Santos foi nomeado superintendente da PF em Brasília, no lugar de Hugo de Barros Correia, que estava no cargo havia cinco meses e coordenava o caso de Jair Renan. Além dessa suspeita de influência e lavagem de dinheiro, conduzia o inquérito que apura a disseminação de notícias falsas por parte de uma organização criminosa.

Santos também chegou a intimar Tatiana Marques de Oliveira Garcia Bressan, estagiária do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Ela atuava como espiã do chamado Gabinete do Ódio, repassando informações ao blogueiro Allan dos Santos, atualmente foragido da Justiça.

Recaem contra ’04’ a utilização de empresa de eventos Bolsonaro Jr Eventos e Mídia para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini – grupo empresarial que atua nos setores de mineração e construção – e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

Carro elétrico

Aberto em março do ano passado, a pedido do MPF, depois de uma denúncia feita contra Jair Renan por parlamentares, o inquérito tem por objetivo investigar se o suspeito também atuou a favor da empresa dele junto ao governo federal.

Ainda de acordo com as investigações em curso, Jair Renan se associou com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.

A Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, que tem interesses no governo federal, presenteou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, em outubro do ano passado, representantes do grupo empresarial, se reuniram com Marinho, para tratar de interesses da empresa.

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