Fidelidade

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Publicado terça-feira, 9 de dezembro de 2003 as 10:10, por: CdB

A fidelidade partidária vem sendo o tema mais discutido nas prévias da reforma política em gestação. Os partidos defendem que seja rigorosa, mas nenhum deles, efetivamente, faz alguma coisa objetiva para que seja viabilizada no Congresso Nacional. Até porque, a maioria do eleitorado não está nem aí para o assunto, ao contrário do que acontece em países como os Estados Unidos, onde o eleitor nasce republicano e, se não houver acidente de percurso, morre republicano. Como acontece até no Paraguai.

Até agora, o PFL – que antes se fingia de morto – mostrou interesse pelo assunto, por razões casuísticas: foi o partido que mais perdeu parlamentares para outras legendas no recente troca-troca que se desenrolou por todo o País.

Há vários projetos dispondo sobre fidelidade partidária. Um deles, mais consensual, exige interstício de três anos para o candidato disputar uma eleição, caso tenha mudado de legenda. O argumento é de que o mandato não pertence ao parlamentar, mas ao partido. Deveria pertencer ao eleitor.

Há deputado que se elege com votação bem acima do mínimo exigido pela legenda. Nas eleições do ano passado, por exemplo, o Estado do Rio produziu alguns exemplos, como os deputados federais Denise Frossard (385.111 votos), Jandira Feghali (264.384), Francisco Dornelles (219.012), Bispo Rodrigues (192.640), Eduardo Paes (186.221), Chico Alencar (169.131), Leonardo Picciani (151.942) e Miro Teixeira (137.764). Esses não dependeram do voto legenda. Nestes casos, a quem pertenceriam seus mandatos?
ANOTEM
A crise da Receita Federal ainda não acabou.

Apenas saiu dos jornais.

DI MENORES
Pesquisas de opinião, em poder do Congresso, revelam que 93% da população brasileira acham que um menor de 16 anos pode ser responsabilizado penalmente.

E mais: no mesmo dossiê, a constatação de que em 62% dos crimes mais violentos praticados no País há participação de menores, que matam e estupram por terem certeza da impunidade.

CARONA
O deputado federal Reinaldo Betão arranjou um jeito de fazer campanha eleitoral fora do prazo.

Genro do dono das lojas Betão de Eletromóveis, na Baixada – de onde adotou o “nome” eleitoral -, estampou enorme foto nos baus dos caminhões de entrega da empresa do sogro e, em cima do nome, em letras menores, a palavra deputado.

Na lei, isso é crime eleitoral.

ESCÁRNIO
Com 27,92% dos votos, Rivaldo, que acaba de rescindir contrato com o Milan, recebeu o prêmio “Bidone d’Oro” (“Engano de Ouro”), concedido ao pior jogador de 2003 pelo programa Catersport, da rádio pública italiana Rai2-Rai.

Em segundo lugar, com 21,49%, ficou Saadi Al Gadafi, filho do líder líbio Muamar Al Gadafi, que joga no Perugia, mas que sequer entrou em campo durante o campeonato e que recentemente foi pego no antidoping.

Há quatro anos, Rivaldo ganhou a “Bola de ouro”, como o melhor ano

ALÍVIO
Agora que conseguiu maioria na Câmara Municipal, o prefeito Mario Marques, de Nova Iguaçu, respira aliviado. Na semana passada, por 11 votos a 10, livrou-se de uma CPI, proposta pelo vereador Tuninho da Padaria, para investigar os contratos de locação de automóveis pela Prefeitura.

POP NOEL
O cantor americano Justin Timberlake deu rédea solta à carteira no sábado passado, na primeira hora da manhã, quando a Harrods de Londres abriu as portas só para ele fazer suas compras de Natal, segundo publicou, ontem, o jornal sensacionalista britânico Daily Star.

O astro do pop se apresentou no famoso magazine do multimilionário egípcio Mohamed Al Fayed com 80 amigos e membros da equipe que o acompanham em turnê pelo Reino Unido.

Torrou a bagatela de US$ 1,7 milhão, inclusive comprando jóias para a namorada, a famosa atriz americana Cameron Díaz.
Inconfidências
>>O desembargador Celso Guedes será homenageado pelo Ministério Público do Estado, dia 15 próximo, com o Colar do Mérito.

>>Quinta-feira, às 20h, a banda Bla