Farmacêuticos apóiam Farmácia Popular, mas apontam falhas

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Publicado segunda-feira, 14 de junho de 2004 as 09:40, por: CdB

O programa Farmácia Popular, lançado pelo governo federal semana passada, já tem seus críticos, apesar de inovador. Trata-se da própria classe farmacêutica, que vê com otimismo a iniciativa, mas aponta falhas.

– O SUS e o Ministério da Saúde não têm condições de atender a 40% da população que não têm acesso a medicamentos – disse o presidente do Conselho Federal de Farmacêuticos, Jaudo de Souza Santos, ao avaliar a Farmácia Popular nesta manhã, durante o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.

Para Jaudo, que vê a Farmácia Popular “com bons olhos” e acredita que “o governo pretende realmente atender esse público”, esta ainda “não é a solução” para garantir o acesso aos medicamentos. Segundo ele, há muitas famílias que não dispõem nem de R$ 1 para a compra de remédios e a oferta de medicamentos da Farmácia Popular ainda é restrita.

Inicialmente, estão disponíveis nas farmácias populares 84 remédios, para o presidente do Conselho Federal de Farmacêuticos, a necessidade da população é de “mais de 600” medicamentos.

Unidades

Até dezembro, o Governo Federal deverá ter em funcionamento 100 unidades da Farmácia Popular. Atualmente estão em funcionamento 17 unidades (10 em São Paulo; 5 em Salvador; 1 no Rio de Janeiro e 1 em Goiânia). No próximo mês serão entregues mais 13 unidades e em agosto mais dez.

As informações são do coordenador do programa Farmácia Popular, Dirceu Barbano, que falou nesta manhã ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.

Para Barbano, a Farmácia Popular é um serviço público que disponibiliza medicamentos a preço de custos, principalmente, àqueles portadores de doenças crônicas que acabam abandonando tratamento por falta de condições de adquirir os remédios. Segundo o diretor, a venda do remédio a preço de custos é possível porque a maioria dos medicamentos é produzida por laboratórios públicos.