Facebook cria ferramenta de censura para tentar entrar na China

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Publicado quarta-feira, 23 de novembro de 2016 as 11:24, por: CdB

O Facebook desenvolveu o software, que impede que os posts apareçam nos feeds de notícias de pessoas em geografias específicas

Por Redação, com Reuters – de Pequim/Londres:

O Facebook desenvolveu silenciosamente uma ferramenta de censura que poderia persuadir a China a permitir que a maior rede social do mundo seja permitida novamente na segunda maior economia mundial depois de uma proibição de sete anos, informou o jornal New York Times na terça-feira.

O Facebook desenvolveu silenciosamente uma ferramenta de censura que poderia persuadir a China
O Facebook desenvolveu silenciosamente uma ferramenta de censura que poderia persuadir a China

O Facebook desenvolveu o software, que impede que os posts apareçam nos feeds de notícias de pessoas em geografias específicas. Com o apoio do presidente-executivo Mark Zuckerberg, disse o jornal, citando funcionários e ex-funcionários não identificados.

Zuckerberg se reuniu em março com o chefe da propaganda da China. Liu Yunshan, que disse esperar que o Facebook possa fortalecer os intercâmbios. Melhorar a compreensão mútua com as empresas de Internet da China. De acordo com a agência de notícias Xinhua.

– Há muito tempo dizemos que estamos interessados na China e estamos gastando tempo entendendo e aprendendo mais sobre o país – disse a porta-voz do Facebook, Arielle Aryah. Em uma declaração enviada por email à agência inglesa de notícias Reuters.

– No entanto, não tomamos qualquer decisão sobre a nossa abordagem à China. Nosso foco agora é ajudar as empresas chinesas e desenvolvedores a se expandirem para novos mercados fora da China usando nossa plataforma de anúncios.

A Administração de Segurança Cibernética da China, regulador de Internet do país. Não respondeu imediatamente a um pedido de comentário por fax. O Ministério das Relações Exteriores da China recusou-se a comentar.

Reino Unido

O Facebook vai expandir presença no Reino Unido em 50 % em 2017. Juntando-se a outras empresas de tecnologia dos Estados Unidos. Apesar da incerteza provocada pelo voto do país para deixar a União Europeia.

A empresa de redes sociais disse que vai contratar mais 500 funcionários, somando ao grupo de mil que emprega no Reino Unido. Conforme se prepara para abrir uma nova sede em Londres em 2017. Seguindo outras empresas atraídas pelo talento e um mercado próspero de start-ups.

Antes do referendo de Brexit em junho. Os que defendiam da permanência na UE advertiam que as companhias internacionais poderiam procurar reduzir sua presença na região. Porque a saída do bloco tornaria o Reino Unido menos atrativo para investir.

Grandes bancos como Goldman Sachs e Citi. Eles empregam milhares de pessoas no centro financeiro de Londres. Estão considerando mudar alguns empregos para outros lugares na Europa como resultado da Brexit. Uma preocupação para a economia britânica. Onde os serviços financeiros contam para cerca de 10 %  da produção e fornecem alguns dos melhores salários.

A expansão do Facebook no Reino Unido ocorre após o Google dizer no início do mês que investiria cerca de 1 bilhão de libras esterlinas e contrataria 3 mil pessoas no país.

– O Reino Unido é definitivamente um dos melhores lugares para ser uma empresa de tecnologia – disse o vice-presidente do Facebook para Europa, Oriente Médio e África, Nicola Mendelsohn. Em uma conferência do CBI, ele afirma que era muito cedo para dizer o que Brexit significaria para o mercado de trabalho.