Fábio Costa salva o Santos

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Publicado quinta-feira, 8 de maio de 2003 as 00:08, por: CdB

Uma batalha sofrida. Assim se resume a classificação santista às quartas-de-final da Libertadores, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. Precisando vencer, os brasileiros levaram sufoco dos uruguaios do Nacional e se garantiram só nos pênaltis, após Fábio Costa errar no tempo normal (2 x 2 ) mas salvar o time nas penalidades, defendendo três cobranças.

O que no início o Santos fez parecer uma partida fácil, ele se tornou um grande pesadelo para a equipe brasileira ao longo do primeiro tempo. Partindo para cima dos uruguaios desde que a bola rolou, o domínio territorial da Vila era total para os santistas.

Mesmo assim, a equipe não convertia em gols as chances criadas. E não foram poucas. Logo aos 4min, Elano cruzou a bola da ponta direita e Ricardo Oliveira, livre na área, mandou no travessão.

Aos 7min, André Luís bateu forte violentamente da intermediária, mas mandou a bola apenas na mão do goleiro Munuá. O prêmio pela pressão veio dois minutos depois, quando Elano, novamente, lançou a bola de forma perfeita para Oliveira, agora, cabeceá-la para o fundo das redes: 1 x 0 e parecia que viria mais.

Mas era ilusão dos 20 mil santistas que lotaram a Vila Belmiro nesta quarta-feira. Pelo menos ainda neste primeiro tempo, o Santos criou, criou, criou, mas não ampliou. Poderia ter ido para os vestiários com uma goleada e a classificação garantida.

Aos 12min, Nenê cruzou para trás e Oliveira, novamente livre na marca do pênalti, mandou, de novo, na mão do goleiro. Aos 18min, Alex bateu falta a favor do Peixe e disparou uma bomba no travessão do adversário. Ela não queria entrar.

Curiosamente, o Alvinegro praiano começou o primeiro tempo atacando para o gol de entrada da Vila, diferente do que é comum para a equipe. As 31min, a bola não entrou novamente após grande jogada de André pela esquerda.

A partir daí, o Nacional começou a gostar do jogo. Percebia, aos poucos, que a derrota parcial de um gol poderia facilmente se tornar um empate e, assim, levar a decisão para os pênaltis. Afinal, eles vieram ao Brasil para isso. Montaram um esquema com quatro zagueiros e quatro volantes. Um meia e só um atacante.

Mas foi assim, que aos 38min, os uruguaios calaram a Vila Belmiro. Tirando proveito de uma falha infantil dos dois zagueiros santistas, o violento Eguren pegou uma bola sobrada de uma cobrança de escanteio e, dentro da área, empatou. De bicicleta, colocou a bola no ângulo de Fábio Costa: 1 x 1.

Atordoado, o goleiro viveu um inferno astral. Não entendia o que havia acontecido. Ali, em casa, com 20 mil convidados. E agora? Agora? Três minutos depois, mais um golpe. O’Neill, de falta, da direita, surpreendeu Fábio ao mandar a bola direta para o gol. Quando o camisa 1 esperava o cruzamento, viu que não tinha mais tempo para voltar. Só para buscá-la no fundo das redes: 2 x 1.

No segundo tempo, o desespero tomou conta da equipe santista. Sem o apoio de sua torcida, apática, abatida e desacreditada com o que via em campo, ninguém chamou a responsabilidade e a objetividade, mais uma vez, faltou.

No entanto, de tanto pressionar, o Peixe construiu jogadas de gol. Mesmo porque, o Nacional não tocava na bola. A primeira foi aos 8min, quando Diego emendou um chute forte da entrada da área, mas para fora.

A segunda foi com Robinho, aos 15min, quando recebeu a bola livre, à esquerda da área e também arrematou para fora. Quatro minutos depois, o primeiro alívio. Na segunda trave após cobrança de escanteio, André Luís empurrou o volante Eguren, que mandou para as redes: 2 x 2.

Além da falta de sorte e de objetividade em um jogo aparentemente favorável, a catimba uruguaia era outro grande adversário do Santos. Ao mesmo tempo em que criavam boas jogadas, caíam nas provocações do Nacional, perdendo um tempo precioso.

O empate parecia satisfazer a equipe de Montevidéu, ávida em decidir nas penalidades. Ao Santos, coube até o final do tempo normal as tentativas sem sucesso de fazer, ao menos por pouco tempo,