A exposição Crônica Carioca, do artista plástico cubano Andrés Cruz, foi prorrogada para o dia 2 de setembro, devido ao grande número de visitantes.
Desde o dia 11 deste mês, quando foi inaugurada pelo presidente da Fundação Escola de Serviço Público (Fesp), Paulo Marques, Crônica já recebeu mais de 600 visitantes.
São 22 paisagens criadas com material garimpado do lixo urbano, como portas, janelas, caixotes, fotos e rolhas entre outros, renovados com pigmentos minerais, spray, pirógrafo e tinta acrílica.
Premiado no Brasil e no exterior, Andrés trabalha em estruturas sólidas de madeira onde entalha, pinta e faz colagens, reconstruindo o estado com os nomes de seus ícones e locais.
A proposta visual do conjunto dos 22 quadros e esculturas de parede da mostra se assemelha à arte contemporânea.
O carro-chefe da exposição é o painel díptico de 2,20m x 3,20m em color jet e tinta acrílica sobre caixote.
Nessa obra e em algumas outras há a colaboração do artista e grafiteiro João Miguel Salgado, que, com seus sprays, interfere na pintura de Cruz e vice-versa.
O pintor convidou Miguel para participar da exposição com a idéia de levar para a galeria da Fesp manifestações políticas e culturais fortes da década de 80 , como pichador, o grafiteiro.
Essa é a terceira exposição do artista na Fundação.
Mesmo acostumado a expor suas obras em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e em Madri, na Espanha, ele tem um carinho todo especial pela Sala Djanira.
O pintor garante que a galeria oferece vantagens financeiras inigualáveis, pois, além de não cobrar aluguel, não fica com percentual sobre a venda das obras, o que dá uma grande ajuda real ao artista.
Cubano radicado há muitos anos no Rio, o artista Andrés Cruz confessa ser um apaixonado pela cidade. Os temas do cotidiano são inspiração para suas obras.
– O lixo carioca está cheio de coisas úteis. Estabe