EUA voltam a atacar resistência em Bagdá

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Publicado quinta-feira, 13 de novembro de 2003 as 21:58, por: CdB

As forças norte-americanas no Iraque lançaram nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, uma série de ataques em Bagdá para tentar reduzir a ação da resistência iraquiana. A ação, que começou ao anoitecer em Bagdá, incluiu o uso de forças terrestres e aéreas dentro da chamada operação “Martelo de Ferro”.

Um porta-voz militar dos EUA disse que esta segunda jornada de ataques na capital foi realizada “como um prosseguimento das ações de ontem”, quando pelo dois supostos membros da resistência iraquiana foram mortos em Bagdá.

Hoje o Pentágono tentou reduzir a importância da resistência e assegurou que apesar do aumento dos ataques, mantém um controle militar da situação no Iraque. “Quero destacar ao país que não há ameaça militar no Iraque que possa nos fazer sair”, assegurou o general John Abizaid, chefe do Comando Central, responsável das operações no Iraque.

Abizaid afirmou, em entrevista coletiva, que a resistência iraquiana não soma mais de 5 mil combatentes, liderados pelos antigos membros do partido Baath, mas reconheceu que tem abundante provisão de armas e dinheiro.

Entretanto, a declaração de Abizaid ocorre logo depois de funcionários da Agência Central de Inteligência americana (CIA) advertirem que a resistência às forças aliadas poderá se fortalecer nos próximos meses. Em um relatório, chamado de “avaliação da situação”, a CIA afirma que a força dos insurgentes é de cerca de 50 mil homens e que a situação no Iraque deverá vai piorar muito, com o crescente número de iraquianos empolgados com as táticas vitoriosas de guerrilha.

O documento também destaca que os esforços norte-americanos para converter o Iraque em uma democracia tendem a fracassar, a menos que se consiga uma mudança rapidamente. E lembra que o Conselho de Governo iraquiano instalado pelos Estados Unidos, certamente não conseguirá governar pela falta de apoio popular.