EUA tentam salvar 13 homens presos em mina de carvão

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado terça-feira, 3 de janeiro de 2006 as 10:29, por: CdB

Equipes de resgate planejam usar um robô nesta terça-feira para tentar chegar a 13 mineiros presos há quase 24 horas dentro de uma mina de carvão da Virgínia Ocidental (EUA) depois de uma explosão. Não houve qualquer comunicação com os mineiros presos dentro da mina de Sago desde que aconteceu a explosão, na segunda-feira. Dirigentes do local não quiseram fazer especulações sobre o estado de saúde deles. As equipes de resgate devem conseguir em breve colocar uma sonda dentro da câmera onde estariam os mineiros e testariam ali o nível de oxigênio. Um microfone também deve ser usado para procurar por sinais de vida. Os esforços de resgate dos homens , que estariam 76 metros abaixo do solo e 3 quilômetros dentro da mina, foram adiados devido à alta concentração de gás do lado de fora da mina. Ventiladores conseguiram então dissipar o gás não-identificado.

Uma equipe de resgate tinha percorrido, por volta das 1h18 (4h18 em Brasília) da terça-feira, cerca de três quartos do caminho até o local em que estariam os mineiros, disse Roger Nicholson, conselheiro-geral do Grupo International Coal, proprietário do local. Autoridades disseram haver à disposição 14 equipes de resgate com cinco membros cada uma a fim de garantir que os esforços para salvar os mineiros não sejam interrompidos.

 – Esse é um processo muito lento e cuidadoso – afirmou o vice-presidente sênior da empresa, Gene Kitts.

Cada um dos mineiros presos estava equipado com uma máscara e com um pequeno tanque de oxigênio suficiente para uma hora. Centenas de familiares e amigos reuniram-se em uma igreja batista perto dali. A Cruz Vermelha montou um centro de operações no local. Loretta Abel contou que seu noivo estava entre os mineiros presos.

– Ele ia deixar de trabalhar hoje porque estava doente. Mas desejava ganhar dinheiro para as nossas férias – afirmou em uma entrevista concedida por telefone.

Desde outubro, a Agência de Segurança e Saúde nas Minas, um órgão dos EUA, fez 50 intimações à mina de Sago, identificando no local, entre outras irregularidades, o acúmulo de materiais combustíveis como pó de carvão e pedaços de carvão.