EUA se negam a considerar ex-chofer de bin Laden prisioneiro de guerra

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Publicado quinta-feira, 9 de dezembro de 2004 as 08:15, por: CdB

Os EUA apelaram,  nesta quarta-feira, da decisão de um tribunal civil federal para que se conceda estatudo de prisioneiro de guerra, como contempla a Convenção de Genebra, ao ex-chofer de Osama bin Laden, preso em Guantánamo.

– A decisão tomada no princípio de novembro por um juiz de Washington constitui uma extraordinária intrusão no poder do Executivo, em sua condução das operações militares para defender os Estados Unidos. – destacou o Governo em uma carta entregue na quarta-feira à Corte de Apelações do Distrito de Columbia.

Esta corte de apelações havia pedido à administração Bush que no dia 8 de dezembro justificasse as razões pelas quais desejava que o ex-chofer da rede terrorista Al-Qaeda fosse julgado por um tribunal militar de exceção em Guantánamo, base americana em Cuba.

O processo do iemenita Salim Ahmed Hamdan, o primeiro de um detido de Guantánamo, deveria ser iniciado no dia 7 de dezembro na base naval americana, mas foi oficialmente suspenso à espera do resultado da apelação do Pentágono ante a Justiça civil, segundo fontes do próprio Pentágono.