EUA gasta US$ 65 bilhões para reconstruir o Iraque

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, analisa financiar a reconstrução do Iraque e operações militares nesse país e em outros lugares, que incluiriam a dotação de US$ 65 bilhões.

O plano de despesas de emergência para o Iraque seria proposto por Bush ao Congresso antes que da sessão anual da Assembléia Geral da ONU em Nova York, no próximo dia 23.

A Casa Branca comentou que não se tomou nenhuma decisão sobre o assunto e declinou especificar cifras sobre o custo desse plano de despesas de emergência.

– Ainda estamos avaliando as necessidades e escutando a (Paul) Bremer (administrador dos Estados Unidos no Iraque) e aos comandantes nesse país para determinar as necessidades exatas – disse na última quarta-feira o porta-voz da Casa Blanca, Scott McClellan.

Ele acrescentou que assim que determinemos os custos trabalharemos estreitamente com o Congresso.

– Se está trabalhando com os números. É necessário que façamos isto agora – disse na última quarta-feira o senador republicano Lindsey Graham, após reuniões na Casa Branca nas quais se discutiram os detalhes do plano.

O governo estuda a possibilidade de atribuir US$ 55 bilhões ao Pentágono para financiar operações militares não só no Iraque, mas também em outros países. Além disso, a Casa Branca pediria US$ 10 bilhões para apoiar a reconstrução do Iraque, especialmente a reparação da estrutura viária e a distribuição de energia elétrica nesse país.

Durante o conflito lançado no dia 20 de março para derrocar ao regime iraquiano de Saddam Hussein, o Congresso aprovou a dotação de US$ 79 bilhões para o Iraque e o Afeganistão. Fontes do Pentágono disseram que as operações militares no Iraque se estão realizando a um custo de US$ 3,9 bilhões ao mês.

Fontes diplomáticas indicaram que ao solicitar fundos extra, Bush teria a intenção de demonstrar seu compromisso com a normalização do Iraque e a reconstrução do país, antes de pedir a outros países que aportem tropas a uma força multinacional.
 
O secretário de Estado, Colin Powell, confirmou na quarta-feira que os EUA estão negociando com outros membros do Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que permitiria a criação dessa força.