Segundo o porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), coronel Joe Buccino, as ações militares tiveram como alvos os grupos que são ligados ao Corpo das Guardas Revolucionárias Islâmicas do Irã e as “infraestruturas utilizadas” por eles.
Por Redação, com ANSA – de Washington/Damasco
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou na terça-feira uma série de ataques aéreos na Síria contra grupos extremistas apoiados pelo Irã, pouco mais de uma semana depois de uma ação dessas organizações contra uma base militar norte-americana em Deir Ezzor.
Segundo o porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), coronel Joe Buccino, as ações militares tiveram como alvos os grupos que são ligados ao Corpo das Guardas Revolucionárias Islâmicas do Irã e as “infraestruturas utilizadas” por eles.
A ONG Observatório Nacional para os Direitos Humanos na Síria, que monitora a guerra que existe no país desde 2011, informou que além do ataque no nordeste do território, esses grupos pró-Irã fizeram ações também contra uma base militar dos EUA em Tanf, perto da fronteira com Iraque e Jordânia.
A organização informa que o bombardeio norte-americano ocorreu às 4h desta quarta-feira, pelo horário local, e que seis milicianos foram mortos, incluindo sírios e outras nacionalidades. Além disso, dois depósitos de armas foram destruídos e que uma dessas estruturas pertenciam à milícia Fatimidi, composta por jihadistas xiitas alistados pelo Irã no Afeganistão.
Ataques
Após a notícia dos ataques ser divulgada pela mídia norte-americana, Teerã negou “qualquer tipo” de ligação com os grupos atacados. Em uma nota oficial do Ministério das Relações Exteriores, o governo afirmou que a ação dos EUA “foi um ato terrorista” e uma “violação da soberania, da independência e da integridade territorial da Síria”.
– A nova agressão é um ato terrorista contra os grupos sírios que lutam contra a ocupação dos EUA. Isso é um pretexto para continuar a ocupação. Os norte-americanos precisam parar de saquear o petróleo sírio, os recursos dos cereais e precisam deixar o país imediatamente – acrescentou o porta-voz do ministério, Nasser Kanani.
A guerra na Síria colocou diversas potências internacionais no território do país desde 2011. Os EUA apoiam os grupos que são contrários ao ditador Bashar al-Assad. Já o Irã, assim como a Rússia, dão apoio ao governo em ataques aéreos.