Estudo confirma queda no ritmo da produção industrial

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Publicado quarta-feira, 9 de novembro de 2005 as 10:08, por: CdB

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou, nesta quarta-feira, estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado esta semana, com o fato de a produção industrial brasileira haver registrado queda de 2% em setembro na comparação com o mês anterior. A produção industrial oscilou no terceiro trimestre, com queda em julho, alta em agosto e nova queda em setembro. Na média, porém, a produção do trimestre foi 0,7% menor que a do período de abril a junho deste ano.

A produção industrial foi influenciada no terceiro trimestre pelas altas taxas de juros, quando a Selic chegou a 19,75% ao ano. A crise política enfrentada pelo governo Lula também pode ter afetado a confiança de consumidores e empresários. Quanto a setembro do ano passado, a indústria registrou crescimento de 0,2%, o menor resultado desde setembro de 2003. No acumulado do ano, a expansão é de 3,8%.

Os bens de consumo duráveis (veículos e eletrodomésticos) tiveram queda de 8,9% em setembro e acumulam baixa de 17% no terceiro trimestre. Essa categoria depende muito do crédito para alavancar as vendas. Já os bens de consumo semiduráveis (roupas e calçados) e não-duráveis (alimentos) caíram 3,4% em setembro e os bens intermediários (insumos industriais) recuaram 0,4%. A única categoria a apresentara avanço, os bens de capital (máquinas e equipamentos) registraram uma produção 1,1% maior.

Em setembro, o comportamento da indústria também reflete a redução da produção em 15 das 23 atividades pesquisadas com ajuste sazonal. As quedas mais significativas foram verificadas no setor de fumo (-37,7%), máquinas e equipamentos (-6%) e refino de petróleo e produção de álcool (-3,8%). As principais influências positivas vieram de outros produtos químicos (1,9%), metalurgia básica (1,4%) e celulose e papel (1,8%).