Esquema criminoso vaza dados pessoais de Bolsonaro e autoridades

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Publicado domingo, 19 de dezembro de 2021 as 15:08, por: CdB

Todas as autoridades citadas na matéria tiveram seus dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) à venda. Com o documento, é possível ter acesso a informações como filiação, CPF, RG, assinatura, número da carteira e data de validade.

Por Redação – de Brasília

Em um esquema articulado e rico em detalhes, criminosos vendem por R$ 200 acesso à base de dados com informações pessoais do presidente, Jair Bolsonaro (PL), de ministros do STF, dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), segundo apurou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP).

Hacker
Ação criminosa de hackers ao invadir sistemas do governo expõe dados pessoais de autoridades

Todas as autoridades citadas na matéria tiveram seus dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) à venda. Com o documento, é possível ter acesso a informações como filiação, CPF, RG, assinatura, número da carteira e data de validade.

Segundo fonte na Polícia Federal (PF), em condição de sigilo da identidade, “há suspeita da participação interna nos vazamentos de informação”, afirmou à reportagem do Correio do Brasil, que buscava neste domingo confirmar as informações publicadas na véspera.

Ao mesmo tempo, é possível alcançar dados no cadastro do SUS, além dos básicos como CPF e nome dos pais, está disponível sua raça, telefones, número da carteira nacional de saúde e, no caso do presidente da República, o seu endereço no Palácio da Alvorada.

Vazamentos

De acordo com a mídia, funcionários públicos vendem acesso ao banco de dados das instituições para criminosos montarem os dados nos sites, e assim, venderem para o consumidor final. Essa não é a primeira vez que que dados pessoais de Bolsonaro, dos ministros do STF e outros políticos vazam.

No início do ano, seus dados estavam entre os de 233 milhões de pessoas que vazaram, entretanto, a diferença desta vez é que os painéis oferecem conteúdos atualizados em um período que varia de alguns dias a cerca de um mês, além de não dependerem de vazamentos anteriores, segundo a FSP.

Caso o vazamento de dados de chefes de Poderes seja uma ameaça à sua integridade, os responsáveis podem ser acusados de crime contra o Estado democrático de Direito, e por serem servidores públicos, aqueles que vendem os acessos podem ser acusados de violação do sigilo funcional.

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