Todas as autoridades citadas na matéria tiveram seus dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) à venda. Com o documento, é possível ter acesso a informações como filiação, CPF, RG, assinatura, número da carteira e data de validade.
Por Redação – de Brasília
Em um esquema articulado e rico em detalhes, criminosos vendem por R$ 200 acesso à base de dados com informações pessoais do presidente, Jair Bolsonaro (PL), de ministros do STF, dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) e do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), segundo apurou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP).
Todas as autoridades citadas na matéria tiveram seus dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) à venda. Com o documento, é possível ter acesso a informações como filiação, CPF, RG, assinatura, número da carteira e data de validade.
Segundo fonte na Polícia Federal (PF), em condição de sigilo da identidade, “há suspeita da participação interna nos vazamentos de informação”, afirmou à reportagem do Correio do Brasil, que buscava neste domingo confirmar as informações publicadas na véspera.
Ao mesmo tempo, é possível alcançar dados no cadastro do SUS, além dos básicos como CPF e nome dos pais, está disponível sua raça, telefones, número da carteira nacional de saúde e, no caso do presidente da República, o seu endereço no Palácio da Alvorada.
Vazamentos
De acordo com a mídia, funcionários públicos vendem acesso ao banco de dados das instituições para criminosos montarem os dados nos sites, e assim, venderem para o consumidor final. Essa não é a primeira vez que que dados pessoais de Bolsonaro, dos ministros do STF e outros políticos vazam.
No início do ano, seus dados estavam entre os de 233 milhões de pessoas que vazaram, entretanto, a diferença desta vez é que os painéis oferecem conteúdos atualizados em um período que varia de alguns dias a cerca de um mês, além de não dependerem de vazamentos anteriores, segundo a FSP.
Caso o vazamento de dados de chefes de Poderes seja uma ameaça à sua integridade, os responsáveis podem ser acusados de crime contra o Estado democrático de Direito, e por serem servidores públicos, aqueles que vendem os acessos podem ser acusados de violação do sigilo funcional.