Espanha e polônia cogitam possibilidade de acordo

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Publicado sábado, 13 de dezembro de 2003 as 15:21, por: CdB

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, assegurou neste sábado, que Espanha e Polônia tinham aberto a possibilidade de ceder na busca de um compromisso sobre o voto, mas “outros países” não acharam conveniente.

Em uma entrevista coletiva, o presidente em exercício da UE explicou que no final das conversações de Bruxelas parecia possível encontrar um acordo sobre a base da idéia de pôr em prática o sistema de voto do Tratado de Nice e, antes de 2009, decidir por maioria qualificada o sistema futuro de votação.

– Vários países deram então a entender que não podiam aceitá-lo neste momento – disse o primeiro-ministro italiano e mencionou entre as razões que alegaram para bloquear, a necessidade de “consultar a seus parlamentos” e de “dispor de mais tempo”.

Berlusconi não quis dizer que países não quiseram aceitar as propostas sugeridas pela Espanha e Polônia, países que, ressaltou, “mostraram grande disposição ao compromisso”.

Ele deixo claro, por outro lado, que o fracasso “não é devido à ampliação, nem à intervenção dos novos países”, dos que elogiou seu “entusiasmo” ao longo de todo este processo constituinte, e sua “contribuição à velha Europa, não só no político”.

O presidente em exercício da UE explicou que depois de celebrar entrevistas bilaterais com cada um de seus homólogos nas quais explorou as possibilidades de um compromisso, apresentou uma série de opções sobre o sistema de voto.

Uma vez sondeadas as opiniões da Espanha e Polônia, que se mostraram dispostas a “movimentar-se” em relação a sua posição inicial consistente em não mudar a distribuição de poder estipulado no Tratado atual de Nice, Berlusconi convocou reuniões com o grupo dos “grandes” e o dos “pequenos”.

– Ambas as partes consideraram oportuno não concluir hoje, mas dar uma oportunidade às presidências sucessivas –  disse o primeiro-ministro.

Agora, continuou, corresponderá à presidência rotativa irlandesa fazer uma proposta no Conselho Europeu de março próximo aos governantes comunitários sobre que fazer com a Conferência intergovernamental (CIG), que ficou de fato suspensa até esse momento.

Perguntado pela ameaça de alguns países fundadores que poderiam continuar eles sozinhos adiante, em vista do fracasso da Constituição, Berlusconi respondeu que “duas datas não são o interesse da Europa”.

Assegurou que o próprio chanceler alemão, Gerhard Schroeder, tinha deixado claro dentro da sala que esse sistema de progredir não lhe interessava.

Para Berlusconi o mecanismo das “cooperações reforçadas” está a disposição dos estados que querem progredir mais rápido na integração (e lembrou os casos do euro e a defesa), mas “não deve ser a regra”.

Berlusconi se declarou contrário a uma iniciativa isolada dos seis países fundadores da Comunidade, um dos quais é a Itália.

– Não acho que convenha, disse, formar novos grupos ou novas iniciativas – disse.








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